20/08/2018

CNC: Balanço Semanal de 13 a 17/8/2018

Contratações do Funcafé chegam a R$ 4,4 bilhões

Na quinta-feira, foram assinados 10 contratos envolvendo R$ 1,4 bilhão. Na semana passada, outros R$ 3 bilhões haviam sido contratados.

Conforme noticiou o Conselho Nacional do Café (CNC) na semana passada, o trabalho da entidade junto ao Governo Federal vem dando celeridade às assinaturas de contrato entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e os agentes financeiros interessados em operar os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) na safra 2018.

“Nesta semana, fomos comunicados que mais 10 agentes lavraram seus contratos, envolvendo um montante de R$ 1,395 bilhão. Com os firmados na semana anterior, já foram contratados R$ 4,423 bilhões do total de R$ 4,960 bilhões previstos para o ciclo cafeeiro atual”, informa o presidente do CNC, Silas Brasileiro.

Segundo ele, ainda restam seis agentes financeiros cadastrados para assinarem seus contratos com o Governo, fato que, quando ocorrer, envolverá praticamente todo o orçamento do Fundo disponível para 2018.

“Para produtores e cooperativas de produção cujas instituições financeiras ainda não fecharam o acordo com o Governo, recomendamos que contatem os bancos e cooperativas de crédito para que o façam o mais rápido possível, possibilitando que haja recursos para o melhor escoamento da safra, com todos obtendo renda na atividade”, completa Brasileiro.

Repasse de recursos do Funcafé a agentes soma R$ 1,2 bilhão

Montante representa 24,2% do total de R$ 4,960 bilhões disponível para a safra 2018

O Conselho Nacional do Café (CNC) apurou junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que, até a manhã de hoje, o volume de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) liberado aos agentes financeiros, com data de referência de 14 de agosto, é de R$ 1,199 bilhão (clique na tabela abaixo), respondendo por 24,2% do total de R$ 4,960 bilhões aprovados para a safra cafeeira 2018.

Repasse de recursos do Funcafé a agentes soma R$ 1,2 bilhão

Montante representa 24,2% do total de R$ 4,960 bilhões disponível para a safra 2018.

Do montante recebido pelas instituições, R$ 400,9 milhões foram destinados para a linha de Estocagem; R$ 329,2 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café (FAC); R$ 328,7 milhões para as linhas de Capital de Giro, sendo R$ 167,6 milhões para Cooperativas de Produção, R$ 118 milhões para Indústrias de Torrefação e R$ 43,1 milhões para o setor de Solúvel; e R$ 140 milhões para Custeio.

"É fundamental que produtores e cooperativas de produção procurem seus agentes para solicitarem os recursos do Funcafé. Capitalizados, eles poderão melhor ordenar a safra ao longo dos 12 meses e mitigarem o efeito das especulações e oscilações do mercado, buscando sempre os melhores cenários de comercialização", explica o presidente do CNC, Silas Brasileiro.

O Conselho comunica, ainda, que tão logo ocorram atualizações a respeito dos recursos do Funcafé, serão mantidos os comunicados em seus canais diretos de comunicação, nos balanços semanais e, posteriormente, nas redes sociais.

Dólar pressiona e café recua nos mercados internacionais

Os futuros do arábica, em NY, acumulam perdas de 7,5% em 30 dias, de 22,8% no ano e de 28,8% nos últimos 12 meses.

As cotações internacionais do café viveram nova semana de desvalorização, pressionadas pelo câmbio e pela rolagem de posições para fora do vencimento setembro nas bolsas internacionais. O início do período de notificação de entrega do contrato setembro/18, na ICE Futures US, começa no dia 23 de agosto.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento dezembro/18 registra sete quedas consecutivas, acumulando perdas de 7,5% em 30 dias, de 22,8% no ano e de 28,8% nos últimos 12 meses. Na semana, a queda foi de 470 pontos, encerrando a sessão de ontem a US$ 1,0535 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento novembro do café robusta fechou a US$ 1.596 por tonelada, com desvalorização semanal de US$ 42.

O dólar segue fortalecido em função da crise econômica na Turquia e pressiona os ativos em NY. A força da moeda na comparação com o real tende a estimular as exportações brasileiras, resultando em maior oferta e pressão sobre as cotações. Na semana, a divisa acumulou alta de 1,1%, sendo cotado a R$ 3,9052.

Em relação ao clima, são esperadas condições mais secas no fim de semana no cinturão cafeeiro, favorecendo o andamento da colheita. "Ao longo dos próximos dias e até nesse próximo fim de semana, as chuvas tendem a diminuir no Sudeste e no Paraná, o que vai ajudar na recuperação do ritmo de colheita dos cafezais, principalmente no Sudeste", informa a Somar Meteorologia.

No mercado físico, os agentes permanecem retraídos e os negócios calmos. Os preços seguem o desempenho internacional e recuam, ainda com baixa demanda dos principais compradores pelo café brasileiro. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e robusta recuaram 2,3% e 0,6%, cotados, respectivamente, a R$ 416,55/saca e a R$ 317,29/saca (Assessoria de Comunicação, 18/8/18)