Açúcar bruto toca mínima de 3 meses na ICE; café também recua
ACUCAR BRUTO REUTERSPeter Nicholls
Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE atingiram uma mínima de três meses nesta segunda-feira, com fundos reduzindo posições compradas em meio a um cenário de gráficos indicando preços baixistas e de fraca demanda na Europa, enquanto o café também recuou.
Açúcar
O contrato maio do açúcar bruto fechou em queda de 0,27 centavo de dólar, ou 1,8%, a 14,92 centavos de dólar por libra-peso, após atingir uma mínima de três meses, a 14,84 centavos.
Operadores disseram que os sinais gráficos se tornaram mais baixistas após a desvalorização recente da commodity, enquanto a preocupação com o aperto das ofertas no curto prazo diminuiu, devido a um final mais forte do que o esperado na safra da Tailândia, grande exportadora.
Fundos reduziram suas posições compradas em açúcar bruto na semana até 23 de março.
“Os fundos, que começaram o ano muito entusiasmados (com o açúcar), parecem estar jogando a toalha à medida que os preços caem e rompem importantes níveis de suporte”, disse a consultoria Green Pool em atualização semanal.
A demanda fraca na Europa, relacionada a uma terceira onda da pandemia de Covid-19, também afetou o sentimento do mercado.
O açúcar branco para maio recuou 6,00 dólares, ou 1,4%, para 431,10 dólares a tonelada.
Café
O contrato maio do café arábica fechou em queda de 1,45 centavo de dólar, ou 1,1%, a 1,2705 dólar por libra-peso.
Operadores destacaram que fundos também estão reduzindo as posições compradas em café arábica.
Corretores brasileiros afirmaram que os cafeicultores do país, maior produtor global da commodity, voltaram a ser vendedores ativos no mercado depois de o real atingir o menor nível em 20 dias.
As exportações de café do Vietnã nos três primeiros meses do ano provavelmente recuaram 17% em relação a igual período do ano anterior, para 428 mil toneladas (Reuters, 29/3/21)