elefante-marinho fêmea dá à luz a filhote. Foto Federico Lombardi News Flash ANDA

A Argentina perdeu mais de 95% dos filhotes de elefante-marinho (Mirounga leonina) nascidos ao longo de 300 quilômetros da costa da Patagônia em 2023, revelou um levantamento da Wildlife Conservation Society (WCS).

A organização não governamental associou as mortes à gripe aviária altamente patogênica H5N1, e disse que este é o “último sinal de que o vírus é uma ameaça existencial à vida selvagem”. Em nota, a ONG destacou que o número contrasta com os 18 mil filhotes nascidos e desmamados na região um ano antes.

“Este é o primeiro relato de uma mortalidade massiva de elefantes-marinhos na área, devido a qualquer causa, nos últimos cinquenta anos”, ressaltou Chris Walzer, diretor executivo de Saúde da WCS, que descreveu o elevado número como “apocalíptico”.

A organização afirmou que o vírus representa uma ameaça à biodiversidade mundial e apelou para que os governos internacionais tratem da crise com urgência, lembrando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou profissionais de saúde para se prepararem para um possível contágio em humanos (Broadcast, 26/1/24)