01/03/2019

Brasil avança no mercado de proteínas da Ásia

Brasil avança no mercado de proteínas da Ásia

Legenda: Linha de produção em frigorífico brasileiro no Paraná

 Coreia do Sul libera mais nove frigoríficos para exportar e Paquistão e Índia poderão ser novos mercados.

O Brasil começa ganhar mais corpo nas exportações de proteínas para a Ásia. A Coreia do Sul, um importante mercado para a formação de preços no setor, ampliou a lista de frigoríficos brasileiros que poderão exportar para o país.

Além disso, o Paquistão abriu as portas para a carne brasileira de frango e fez as primeiras importações.

A Índia, embora tenha taxas de importações que inviabilizam as exportações brasileiras, dá os primeiros sinais que quer carnes do Brasil.

O país aposta muito nessa região, principalmente porque a China deverá assumir a liderança nas compras de carne de frango e suína do Brasil a partir do próximo ano, segundo Francisco Turra, presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

Com a liberação de nove novos frigoríficos de aves e de suínos pela Coreia do Sul, o total de unidades brasileiras habilitadas sobe para 35 no país.

Entre os cinco frigoríficos que poderão exportar carne suína para os coreanos estão duas unidades da Seara, uma do Frigorífico Pamplona, uma da Satiare Alimentos e uma do Frigorífico Catarinense.

A lista das novas unidade exportadoras de carne de frango inclui Seara, Frangos Pioneiro, GT Foods e Bello Alimentos.

A Coreia do Sul é atualmente o nono maior comprador de carne de aves do Brasil. A ABPA espera que o país em breve ocupe a quinta posição.

A proteína brasileira é importante para os coreanos porque os tradicionais mercados fornecedores para eles estão com sérios problemas sanitários. Um deles é a China, onde a peste suína vem se agravando.

Com o principal rebanho do mundo, os chineses vão ter de abater pelo menos 10% de seus animais, devido à doença. Eles não só vão ter um volume menor para exportar como terão de elevar as importações para consumo interno.

Relatório da Rabobank estima que a queda de produção na Chiba deverá resultar em deficit entre 1 milhão e dois milhões de toneladas em 2019.

Essa demanda será suprida por outras carnes, como aves, bovina, de carneiro e frutos do mar. O banco estima que parte virá das importações e que esse cenário de menor produção deverá elevar os preços das proteínas (Folha de S.Paulo, 1/3/19)


Coreia do Sul libera exportações de 9 frigoríficos brasileiros

A Coreia do Sul autorizou mais nove unidades de processamento de aves e suínos do Brasil a exportarem produtos para o país asiático, afirmou o Ministério da Agricultura nesta quinta-feira.

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), foram habilitadas cinco novas plantas frigoríficas exportadoras de carne suína e quatro unidades de carne de aves.

Com as mais recentes habilitações, o Brasil detém hoje 35 estabelecimentos de aves e de suínos exportando para a Coreia do Sul, segundo a associação que representa a indústria.

A liberação sul-coreana para a carne suína brasileira é mais recente, ocorrendo sequência de uma missão técnica ao Brasil para auditoria no final do ano passado.

Em 2018, a Coreia do Sul importou mais de 110 mil toneladas de carne de frango do Brasil, aumento de cerca de 27 ante o mesmo período do ano passado, segundo a ABPA, que apontou importações de carne suína de 1,6 mil toneladas no mesmo período.

“A Coreia do Sul é um dos mercados mais pujantes entre os importadores da proteína animal do Brasil. Os números indicam um movimento ascendente nas exportações para aquele destino... É um importante sinal de confiança estabelecida com o setor de proteína animal brasileiro”, disse o presidente da ABPA, Francisco Turra, em nota.

A Coreia do Sul é um dos maiores importadores mundiais de carne. Ela compra cerca de 1,5 bilhão de dólares em produtos suínos por ano, de acordo com o ministério (Reuters, 28/2/19)