23/11/2020

Café/USDA: Brasil deve produzir 67,9 mi de sacas em 2020/21

Café/USDA: Brasil deve produzir 67,9 mi de sacas em 2020/21

A Agência de Comércio Agrícola de São Paulo (ATO, na sigla em inglês), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), estima que a safra brasileira de café em 2020/21 (julho a junho) deve atingir 67,9 milhões de sacas de 60 kg, volume inalterado em relação ao levantamento anterior e 12% maior ante o número revisado para a safra 2019/20 (60,5 milhões de sacas).

A produção de arábica deve alcançar 47,8 milhões sacas, aumento de 5,8 milhões de sacas em relação à safra anterior, "por causa do bom tempo que prevaleceu na maioria das regiões cafeeiras e do fato de a maioria das áreas produtoras estarem em ano positivo do ciclo de produção bienal", informa o USDA. A estimativa de produção de robusta (conilon) é de 20,1 milhões sacas, um aumento de 9% em relação ao período 2019/20, "uma vez que os Estados produtores foram favorecidos por volumes abundantes de chuva, além de melhor uso de práticas de manejo e mudas clonais".

Comerciantes de café relatam que o tamanho dos grãos de arábica e de robusta e a qualidade da xícara estão acima da média histórica, em virtude do florescimento uniforme no segundo semestre de 2019, clima predominantemente seco durante colheita e melhor uso da tecnologia pelos cafeicultores, relata o USDA.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima a safra brasileira de café 2020/21 em 61,63 milhões sacas (47,38 milhões para o café arábica e 14,25 milhões para o café robusta), um aumento substancial de 12,32 milhões de sacas em relação à safra anterior (49,31 milhões de sacas).

O consumo doméstico de café no Brasil para 2020/21 está projetado pela ATO em 23,53 milhões de sacas (22,35 milhões de sacas de café torrado e moído e 1,18 milhão de sacas de café solúvel), em comparação com previsão anterior.

A ATO estima que as exportações brasileiras de café em 2020/21 podem alcançar 41,02 milhões de sacas virtualmente inalterado em relação à estimativa anterior, perto de níveis recordes alcançados em 2018/19 (41,42 milhões de sacas). As exportações de grãos verdes são estimadas inalteradas em 37 milhões de sacas, enquanto as exportações de café solúvel estão projetado em 4 milhões de sacas (Broadcast, 20/11/20)

 


Colômbia deve ter produção de café estável em 2020/21 com 14,1 milhões de sacas

 

A produção de café da Colômbia na safra 2020/21 deve atingir 14,1 milhões de sacas, volume estável em comparação com o período anterior. A previsão é do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que atribui o resultado ao "programa de replantio de variedades resistentes à ferrugem e supõe que as lavouras não terão forte impacto do fenômeno climático La Niña".

Supondo impacto apenas moderado do fenômeno La Niña, a produção de café colombiana, a segunda maior de arábica do mundo, atrás apenas do Brasil, deve permanecer forte como resultado de um bem-sucedido programa de replantio de cafeeiros resistentes, estima o USDA. A Federação dos Cafeicultores do país (Fedecafe) avalia que 83% da área total da Colômbia foi renovada com variedades resistentes à ferrugem, que tende a se disseminar com o tempo úmido. No entanto, cafeicultores e funcionários do governo continuam preocupados com o potencial das chuvas acima da média provocado pelo La Niña, que deve se materializar no fim deste ano e na primeira parte de 2021.

O USDA revisou para cima, em 2,2%, a produção colombiana 2019/20, de 13,8 milhões para 14,1 milhões de sacas. O departamento considera que condições climáticas favoráveis e as medidas tomadas para garantir mão de obra suficiente durante a pandemia de covid-19 favoreceram o bom desempenho.

Na safra 2020/21, as exportações de Café da Colômbia devem aumentar para 13,6 milhões de sacas, "em linha com o aumento dos níveis de produção", diz o USDA. As importações devem aumentar para 1,2 milhão de sacas, para atender a recuperação do consumo interno e das exportações (Broadcast, 20/11/20)

 


Índia deve colher 5,25 milhões de sacas em 2020/21, + 5,6% ante 2019/20

20/11/2020 - A safra de café da Índia em 2020/21 (outubro a setembro) deve atingir 5,25 milhões de sacas de 60 kg, representando aumento de 5,6% ante o período anterior (4,97 milhões de sacas). Do total projetado para 2020/21, a produção de arábica está estimada em 1,5 milhão de sacas, enquanto a safra de robusta deve alcançar 3,75 milhões de sacas. Os dados são do Serviço Agrícola Estrangeiro de Mumbai (FAS, na sigla em inglês), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A projeção é marginalmente (1%) menor do que a previsão oficial do próprio USDA (5,31 milhões de sacas).

A expectativa é de melhoria na produção de arábica e de robusta "por causa da disponibilidade de umidade adequada, graças às boas chuvas", diz o USDA. O rendimento do arábica está estimado em 450 kg por hectare, 3% maior do que no período anterior, mas 10% inferior à média de cinco anos. Os rendimentos do robusta são estimados em 1.004 kg por hectare, 7% maior do que em 2019/20, mas 6% abaixo da média de cinco anos, informa o USDA.

O FAS Mumbai projeta exportações indianas de 5,46 milhões de sacas de café em 2020/21, em grande parte impulsionadas por um aumento nas vendas externas de café solúvel. A estimativa é 4% maior do que a previsão oficial do USDA (5,26 milhões de sacas). Enquanto as exportações de grãos verdes devem ser semelhantes às do ano passado (3,5 milhões de sacas), as exportações de café solúvel devem registrar uma recuperação, com um aumento de 10% nas remessas, para 1,954 milhão de sacas. Também há expectativa de crescimento nas exportações de café torrado e moído, já que os fornecedores procuram compensar a redução da demanda doméstica por meio exportações, diz o USDA (Broadcast, 20/11/20)