10/03/2022

Cana: Moagem do Centro-Sul em 2002/23 deve totalizar 565,3 mi de t, + 7,6%

Cana: Moagem do Centro-Sul em 2002/23 deve totalizar 565,3 mi de t, + 7,6%

MÁQUINA COLHENDO CANA FOTO Roberto Biasotto

A moagem de cana-de-açúcar 2022/23 no Centro-Sul brasileiro, safra que começa em abril, deve totalizar 565,3 milhões de toneladas, 7,6% a mais do que os 525,6 milhões de toneladas estimados para a temporada 2021/22, projeta a StoneX. A produção de açúcar deve subir 7,5% na mesma comparação, para 34,5 milhões de toneladas; e a de etanol de cana tende a registrar aumento de 5,6%, a 25,5 bilhões de litros.

A estimativa leva em conta que a área plantada se mantenha constante em relação à safra anterior e que a produtividade agrícola registre recuperação anual de 7,6%, a 73,4 toneladas por hectare. De acordo com nota da consultoria, se houver mais renovação de canaviais, a área a ser colhida pode ser pressionada. "O acompanhamento climático nos próximos meses será fundamental para avaliar com maior assertividade o potencial produtivo dos canaviais em 2022/23", afirmam em comunicado os analistas de inteligência de mercado da companhia, Marina Malzoni e Arthur Machado.

Quanto ao clima, a StoneX destaca que entre outubro do ano passado e fevereiro deste ano as chuvas nas áreas canavieiras do Centro-Sul superaram a média histórica em 31,3%, mas os modelos climáticos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) sinalizam que entre março e maio deste ano as precipitações em algumas regiões de São Paulo podem ficar entre 50 e 100 mm abaixo da normalidade. Além disso, conforme o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a umidade dos solos continua baixa em regiões como Mato Grosso do Sul, Paraná e parte do oeste de São Paulo.

O mix para a próxima safra na região está estimado em 45,5% para o açúcar, meio ponto porcentual a mais do que na temporada anterior, e 54,5% para o etanol.

Quanto à produção do biocombustível, a consultoria projeta queda de 10,7% na fabricação do anidro, a 9 bilhões de litros, e alta de 17,2% na de hidratado, alcançando 16,5 bilhões de litros. "Passamos a considerar uma maior participação do hidratado no consumo de Ciclo Otto - estimativa que se baseia no viés altista para os preços da gasolina, ao passo que a recuperação produtiva no Centro-Sul poderá favorecer a competitividade do álcool", afirma Malzoni em nota.

A produção total de etanol de milho deve crescer 18,9% na safra, estima a StoneX, para 4,2 bilhões de litros (Broadcast, 9/3/22)