29/04/2019

Caramuru passa ao largo da crise da tabela do frete

Caramuru passa ao largo da crise da tabela do frete

Focada em produtos de valor agregado, empresa transporta, em média, 1 milhão de toneladas de soja e milho por ano pelo sistema hidroviário.

Cerca de R$ 100 milhões investidos desde 1995 na estruturação de uma logística de transporte baseada em hidrovias e ferrovias livrou a Caramuru Alimentos dos efeitos do tabelamento de fretes rodoviários. A empresa leva soja e seus subprodutos da unidade de São Simão (GO) até o Porto de Pederneiras (SP) pela Hidrovia Tietê-Paraná e, de lá, por ferrovia, até o Porto de Santos (SP). Para embarques pelo Norte do País, mais R$ 60 milhões foram aplicados em instalações portuárias nos terminais de Itaituba (PA) e Santana (AP).

César Borges, vice-presidente da companhia, conta à coluna que o único trecho rodoviário utilizado vai de Sorriso (MT) a Itaituba (PA). Nele, o frete, entre R$ 260 e R$ 270 por tonelada de soja, é considerado razoável. “Até agora, o tabelamento praticamente não nos afetou”, afirma. Focada em produtos de valor agregado, a Caramuru transporta, em média, 1 milhão de toneladas de soja e milho por ano pelo sistema hidroviário. Hoje, mais de 90% da produção é escoada por hidrovia e ferrovia.

Vai bem

Quanto aos resultados em 2019, o executivo da Caramuru diz que dependerão do dólar e dos prêmios pagos sobre os preços dos produtos brasileiros nos portos: “Se crescermos 10% em receita está pra lá de bom”. Em 2018, o faturamento líquido da companhia foi de R$ 4 bilhões, alta de 15,8% em relação a 2017 (Broadcast Estadão, 29/4/19)