08/09/2022

China entra em um novo ciclo na suinocultura

China entra em um novo ciclo na suinocultura

Suinos na Foto Associated Press

 

Rabobank avalia que setor manterá importações no patamar anterior ao da peste suína.

A China entrará em um novo ciclo na suinocultura. Os preços no setor serão menos voláteis, mas haverá uma presença maior do governo com políticas para o setor.

Isso ocorre após a China mergulhar em uma grave crise de oferta, provocada pela peste suína africana, que afeta o país desde 2018.

A China está se recompondo, e o cenário muda. O Brasil, contudo, ainda terá chances de exportar para o mercado chinês, embora em quantidades menores.

A avaliação é do Rabobank, que prevê importações chinesas no patamar anterior ao da crise da peste suína, algo próximo dos 3 milhões a 3,5 milhões de toneladas.

O Brasil, porém, vai ter de disputar com exportadores tradicionais ao mercado asiático, como Espanha, Canadá, Holanda e Alemanha. Esta última, por ora, está fora do mercado devido à peste suína africana em seu território.

Em 2018, o Brasil forneceu 13% da carne suína importada pela China. No primeiro semestre deste ano, o volume foi de 21%. A Espanha, que fornecia 18% em 2018, ficou com 29% do mercado neste ano (Folha de S.Paulo, 7/9/22)