CNA e ABPA formam comitê de gestão de crise para setor de aves e suínos
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) decidiram hoje, em Chapecó (PR), constituir um Comitê de Gestão de Crise para propor soluções para problemas criados no mercado internacional às carnes de aves e suínos do Brasil, informou a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), em nota. A Faesc é filiada à CNA. A preocupação do comitê, diz a nota, é assegurar a sustentabilidade da cadeia produtiva de carnes, o emprego dos trabalhadores nas indústrias e a viabilidade dos produtores rurais integrados.
Na próxima terça-feira (15), haverá uma reunião para tratar de assuntos considerados prioritários, como a imagem da proteína brasileira no exterior, a flexibilização dos financiamentos pelos bancos, o suprimento de milho e a comunicação social. "Precisamos estabelecer um pacto do tipo ganha-ganha entre produtor e indústria para que todos sejam adequadamente remunerados e para que, em situação de crise, todos suportem de modo proporcional as dificuldades", comentou o presidente da CNA, João Martins da Silva Júnior.
Companhias avícolas e de suínos brasileiras enfrentam dificuldades desde agosto de 2017. Na crise mais recente, em abril, a União Europeia proibiu a exportação de frango de 20 frigoríficos brasileiros, pelas "deficiências detectadas no sistema brasileiro oficial de controle sanitário", segundo o comunicado da decisão. Além disso, no último bimestre do ano passado, várias empresas foram desabilitadas para exportar para a Europa, e a Rússia, que representava um grande comprador de produtos cárneos, suspendeu as importações. Já o suprimento do milho, outra questão relevante do Comitê, apresenta distorções causadas pela retenção dos estoques pelos grandes cerealistas para fins especulativos, o que eleva seu custo e encarece a produção de aves e suínos (Broadcast, 8/5/18)
Carnes: Para reconquistar setor externo setor e MAPA se unem em comitês
Representantes do setor produtivo de aves e suínos decidiram hoje, juntamente com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, criar dois comitês que terão como objetivo retomar a competitividade da carne brasileira no mercado externo, informou o Ministério da Agricultura há pouco, em nota.
O primeiro deles visa debater medidas que possam recuperar a imagem dos frigoríficos brasileiros lá fora, arranhada principalmente a partir da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em março do ano passado. Membros do setor acreditam que informações inverídicas ou distorcidas, divulgadas por órgãos internacionais, também estejam afetando as exportações, diz a nota da pasta.
Já o segundo comitê, de perfil técnico, debaterá questões legais e outros pontos burocráticos a fim de alinhar a produção dos frigoríficos brasileiros às exigências dos mercados internacionais. Na reunião, Maggi pediu que os produtores interessados em continuar atuando no mercado europeu aderissem ao programa Agro+ Integridade, do próprio ministério e que incentiva a adoção de medidas de compliance.
Segundo o ministro, trata-se de uma forma de demonstrar preocupação em se adequar às normas. O ministro disse ainda que aguarda o resultado da auditoria realizada por técnicos da União Europeia, em março deste ano, a ser divulgado até o fim desta semana, para voltar a negociar a reabertura do mercado (Braodcast, 8/5/18)
CNTA retorna ao MTE por empregos na BRF e frigoríficos
A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA) irá participar nesta sexta (11/5), às 10h, de audiência de mediação no Ministério do Trabalho para discutir alternativas de garantias de emprego na BRF e demais frigoríficos após crise nas exportações. Este é o terceiro encontro realizado pelo órgão em atendimento ao pedido emergencial da CNTA feito em março, antes mesmo do embargo de exportações para a União Europeia. A entidade representa atualmente os interesses de aproximadamente 400 mil trabalhadores nas indústrias frigoríficas, sendo 100 mil ligados somente à BRF.
A expectativa é que desta vez compareçam representantes da BRF e de entidades patronais, assim como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que participou do último encontro, no dia 2 de maio, em Brasília (DF). Os convites foram estendidos à Associação Brasileira de Proteína Animal, Casa Civil e Ministério da Indústria, Comércio exterior e Serviços.
"Entendemos que é nosso dever buscar alternativas que proporcionem condição de segurança aos trabalhadores, os quais não têm culpa desta atual situação ou controle na gestão da empresa, que, em princípio, pode estar cometendo procedimentos inadequados.", comenta o presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo.
Nesta sexta, às 9h, a CNTA também irá participar de audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal para debater o tema "A questão do desemprego no Brasil", com foco na crise dos aviários e frigoríficos (Assessoria de Comunicação, 8/5/18)