CNC: BALANÇO SEMANAL — 29/07 a 02/08/2019
Café: governo amplia área para Fundação desenvolver pesquisas
CNC coordenou negociações com governantes e obteve espaço adicional superior a 900 metros quadrados para a FUNPROCAFÉ
O Conselho Nacional do Café (CNC) tem, como um de seus nortes, o constante incentivo aos trabalhos de ensino e pesquisa, buscando fornecer suporte às instituições do segmento no país.
Na terça-feira, 30 de julho, a entidade obteve uma grande conquista para a Fundação de Apoio à Tecnologia Cafeeira (FUNPROCAFÉ), sediada em Varginha (MG).
O Ministério da Economia, a Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União e a Superintendência em Minas Gerais publicaram, no Diário Oficial, extrato de cessão disponibilizando espaço adicional superior a 900 metros quadrados à Procafé, possibilitando que a instituição amplie seu leque de serviços voltados à pesquisa cafeeira.
Silas Brasileiro, presidente do CNC, recorda que esse era um desejo antigo da entidade, que demandou junto ao Conselho apoio nesse sentido.
"Realizamos diversas audiências junto ao governo federal e, com a boa nova de terça-feira, temos a certeza que a Fundação ampliará e otimizará seus trabalhos visando ao desenvolvimento de variedades com qualidade superior e mais resistentes a pragas e doenças, fortalecendo a cafeicultura nacional", relata.
Ele comenta que a proximidade do CNC com a Procafé, em especial por meio de seu diretor presidente José Edgard Pinto Paiva, é antiga e rende bons frutos não apenas aos cafés de Minas Gerais, mas do Brasil.
"Esse elo permite que alinhemos os trabalhos de pesquisa à realidade do campo, de forma que os principais favorecidos sejam os cafeicultores do país como um todo, pois são vários os resultados alcançados pela Procafé já implantados nos parques cafeeiros de outros Estados, além do cinturão mineiro", explica.
Brasileiro anota, ainda, que a ampliação da estrutura da Procafé permitirá o aumento dos trabalhos voltados à promoção da pesquisa, ao suporte e à difusão de tecnologias, cultivando parcerias para a sustentabilidade da cafeicultura nacional.
"Esse suporte, que se estende muito além do campo, permite focarmos o melhoramento da qualidade dos fertilizantes, por exemplo. Essa evolução técnica é fruto do avanço da pesquisa, por isso defendemos o aumento do espaço para que os profissionais da Fundação tenham condições de entregar mais e melhores resultados à cafeicultura", completa.
O presidente do CNC informa que a FUNPROCAFÉ, assim como as demais instituições de pesquisa do país, contribui para a competitividade e o desenvolvimento do agronegócio café, por meio de análises e perícias que garantem aos cafeicultores a qualidade dos fertilizantes e afins.
"O CNC sempre apoiará melhores condições para nossas instituições de ensino e pesquisa para que permaneçam desenvolvendo as mais avançadas tecnologias ao café, permitindo que o Brasil permaneça na vanguarda e na liderança do mercado", conclui.
Café teve semana de perdas nos mercados internacionais
Fundos de investimento seguem apostando em queda e ampliam posições vendidas diante de oferta satisfatória.
Os contratos futuros do café tiveram semana de desvalorização nos mercados internacionais, à medida que os fundos de investimento seguem apostando em queda nas cotações e ampliam seu saldo vendido, em meio a um cenário de oferta satisfatória e de desaquecimento do consumo no Hemisfério Norte nesta época do ano, devido às férias de verão.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento setembro/19 do contrato "C" acumulou perdas de 250 pontos, encerrando a sessão de ontem a US$ 0,9725 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento setembro/19 do café robusta finalizou o pregão a US$ 1.307 por tonelada, com recuo de US$ 37.
O dólar comercial se valorizou no período, acompanhando o movimento externo. A divisa ganhou força em relação a moedas de países emergentes ligados a commodities após declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciando a imposição de tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões de produtos chineses. No fechamento, o dólar foi cotado a R$ 3,8475 (+2%), maior patamar desde 2 de julho.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia alerta que haverá mudanças sobre o cinturão cafeeiro do Brasil. O serviço informa que ocorrerá queda da temperatura na Região Sudeste, devido à atuação de uma massa de ar polar que avança depois da passagem do sistema frontal. O frio começará a perder força a partir de segunda-feira.
No Brasil, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) aponta que as cotações acompanharam o movimento internacional, fato que limitou a realização de negócios. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta ficaram em R$ 400,70/saca e a R$ 271,81/saca, com desvalorizações de 1,3% e 0,8%, respectivamente (Assessoria de Comunicação, 2/8/19)