CNC: Balanço semanal de 1° a 5/7/2019
CNC se reúne com General Hamilton Mourão
Conselho atendeu pedido da Vice-Presidência da República e apresentou informações sobre a representatividade da cafeicultura brasileira.
Na terça-feira, 2 de julho, o Conselho Nacional do Café (CNC) se reuniu com o Vice-Presidente da República, General Hamilton Mourão. O presidente Silas Brasileiro, atendendo a um ofício da Vice-Presidência, apresentou a estrutura e a representatividade da cafeicultura brasileira e reforçou o convite para a participação de Mourão na solenidade de abertura no II Fórum Mundial de Produtores de Café, que será realizado nos dias 10 e 11 de julho, em Campinas (SP), pelo CNC em parceria com as associadas Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha (Minasul) e Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).
“Apresentamos ao General Mourão, a pedido, a estrutura da cadeia produtiva do café no Brasil, suas entidades e representações, nosso tamanho no mercado mundial, liderando os rankings de produção e exportação e destacando o segundo lugar no consumo global, e nossos princípios voltados ao respeito ambiental e social, o que nos faz demandar, cada vez mais, o comprometimento econômico por parte dos compradores, que devem pagar o justo preço por nosso comprometimento com a geração de empregos e o respeito ao meio ambiente”, revela Brasileiro.
Entre os destaques apresentados ao General Mourão está um levantamento realizado pelo Conselho, que evidencia que a qualidade de vida é melhor nos municípios onde a cafeicultura está presente. Análise realizada pela entidade em 74 municípios de Minas Gerais com área cultivada de café superior a 5 mil hectares demonstra o impacto positivo da atividade no desenvolvimento humano local. “Quanto maior a área cultivada com café no município, maior o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e sempre superior à média do Estado”, explica o presidente do CNC.
O CNC também expôs ao vice-presidente Mourão o impacto que a cafeicultura tem na geração de empregos nas economias municipais. Analisando esse mesmo grupo de 74 municípios mineiros, o Conselho demonstrou o efeito positivo da atividade cafeeira na geração de postos de trabalho. “Há mais emprego formal gerado por município nessas cidades em relação aos demais municípios mineiros. Em anos de crise, a resiliência do mercado de trabalho das cidades onde o café tem alto peso na economia também foi superior frente à média do restante dos municípios mineiros (menos postos de trabalho fechados por município no G74 em relação ao restante do Estado)”, aponta Silas Brasileiro.
Segundo o presidente do CNC, o vice-presidente Mourão agradeceu as informações recebidas e também o convite para participação na abertura do II Fórum Mundial de Produtores de Café. “O General comunicou que tentará ajustar a sua agenda, mas informou que, caso não possa comparecer, o alto escalão do Governo Federal do Brasil se fará presente no evento”, conclui Brasileiro.
Tereza Cristina confirma participação em evento mundial de café
Ministra da Agricultura informou ao CNC que estará presente na abertura do II Fórum Mundial de Produtores de Café.
O Conselho Nacional do Café (CNC) teve audiência com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, na terça-feira, 2 de julho. O presidente Silas Brasileiro abordou, entre outros assuntos, a participação da titular da Pasta na abertura do II Fórum Mundial de Produtores de Café, que será realizado pela entidade, em parceria com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e a Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha (Minasul), em Campinas (SP), nos dias 10 e 11 de julho.
Tereza Cristina agradeceu o convite e confirmou sua participação no principal evento da cafeicultura mundial em 2019. “A ministra reconhece a importância da cafeicultura para o Brasil e disse que não havia como não participar do Fórum. Ela entende a importância social e ambiental do café e também defende que precisamos encontrar novos caminhos para ampliar a renda aos produtores”, comentou o presidente do CNC.
O II Fórum Mundial de Produtores de Café, em seu segundo dia, terá quatro workshops que determinarão o teor da declaração final e as diretrizes pensando na sustentabilidade econômica dos produtores de fato.
Também no evento, será apresentado o resultado do estudo "Análise Econômica e Política para Melhorar os Rendimentos dos Produtores de Café", elaborado pelo diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Instituto da Terra da Universidade de Columbia, Jeffrey Sachs, e realizados três painéis que debaterão “O mercado como instrumento de proteção à renda dos produtores”; “Formulação de preço do café: transparência da semente a xícara”; e “Promover e aumentar o consumo de café”.
Por que participar?
Realizado por CNC, BSCA e Minasul, o Fórum terá, nos dois dias, palestras, workshops e painéis de debate com a participação de grandes personalidades da cafeicultura global. Aproximadamente 1.500 pessoas, de mais de 40 países, participarão do maior evento do café no ano e, de maneira coparticipativa, buscarão os melhores caminhos para saber como o mercado pode proteger a renda dos produtores, precificar melhor o café e promover e aumentar o consumo em nível mundial.
SERVIÇO
II Fórum Mundial de Produtores de Café
Data: 10 e 11 de julho de 2019
Local: Royal Palm Plaza, em Campinas (SP)
Ingressos: http://bit.ly/2Zf9drk
Mais informações: info@worldcoffeeproducersforum.com / wcpf2019.com.br
De olho no clima, mercado cafeeiro avança na semana
Possibilidade de geadas no cinturão produtor de café no Brasil impulsionou os ganhos, que também receberam suporte da fraqueza do dólar.
Os contratos futuros do café avançaram nos mercados internacionais ao longo da semana encerrada ontem, 4 de julho. O impulso foi dado por previsões climáticas para as regiões produtoras brasileiras, que indicam possibilidade de geadas a partir deste sábado.
O dólar comercial também forneceu suporte, recuando abaixo de R$ 3,80 na comparação com o real diante da aprovação do texto-base da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara. A moeda norte-americana encerrou o pregão de ontem a R$ 3,7993, acumulando perda semanal de 1,1%.
A respeito da Reforma da Previdência, após atuação da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), apoiada pelo Instituto Pensar Agro (IPA), do qual o Conselho Nacional do Café (CNC) é parte, a versão final do relatório da PEC 6/2019, aprovada na Comissão Especial ontem, manteve as isenções das contribuições sociais sobre as exportações agropecuárias, dispostas na Emenda Constitucional n° 33, de 2001.
"Essa conquista está em linha com a atuação do CNC, que constantemente tem defendido, em Brasília (DF), que não podemos exportar tributos. Continuaremos atentos à tramitação da reforma da Previdência, matéria muito importante para o futuro do Brasil, que ainda precisará ser votada em dois turnos nos plenários da Câmara dos Deputados e no Senado Federal", analisa o presidente da entidade, Silas Brasileiro.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento setembro/19 do contrato "C" acumulou ganhos de 695 pontos na semana, fechando a sessão de quinta-feira (4) a US$ 1,1365 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento setembro do café robusta fechou a US$ 1.474 por tonelada, avançando US$ 44 no acumulado semanal.
Em relação ao clima nas regiões produtoras brasileiras, foco dos participantes do mercado, a Somar Meteorologia prevê que uma frente fria avança pela Região Sudeste nesta sexta-feira e organiza muitas instabilidades. A previsão é de chuva em São Paulo, boa parte de Minas Gerais, Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo. Ao mesmo tempo, as temperaturas despencam conforme o dia passa.
Para amanhã, segundo a Somar, o tempo fica firme na maior parte do Estado de São Paulo e Minas Gerais, com previsão de geadas entre o oeste e o centro paulista. No domingo, há condição para formação de geadas amplas no interior de São Paulo, sul de Minas Gerais e Triângulo Mineiro. O serviço meteorológico informa, ainda, que diversas cidades podem registrar suas manhãs e tardes mais frias do ano.
No mercado físico, os preços acompanharam o desempenho internacional e evoluíram no acumulado da semana até ontem. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) se situaram em R$ 451,45/saca e a R$ 295,06/saca, respectivamente, com altas de 3,9% e 0,3%.
No que se refere à liquidez, os pesquisadores do Cepea comentam que a alta possibilitou o fechamento de negócios no noroeste do Paraná e no Sul de Minas Gerais e Cerrado Mineiro, tanto no spot quanto no mercado futuro. Entretanto, "parte dos produtores permaneceu retraída, à espera de melhores estimativas sobre o clima no fim de semana" (Assessoria de Comunicação, 5/7/19)