CNC: Balanço Semanal de 2 a 6 de Agosto de 2021
Reunião CDPC
O Comitê Técnico do Conselho Deliberativo de Política do Café (CDPC) aprovou nesta sexta-feira, 06, a proposta de remanejamento de 20% dos recursos totais do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), para serem utilizados, exclusivamente, na recuperação de lavouras atingidas pelas geadas. O colegiado é composto por representantes dos Ministérios da Agricultura, Economia e Relações Exteriores, além do Conselho Nacional do Café (CNC), a Comissão de Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) e o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
A mudança proposta ainda precisa ser aprovada pelo CDPC na próxima terça-feira (10) e avaliada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) nas próximas semanas. Desde o dia 20 de julho, após a geada em áreas produtoras, o CNC, a OCB, a CNA, têm atuado junto ao Ministério da Agricultura para que políticas públicas sejam implantadas de forma eficiente na recuperação das lavouras afetadas.
As instituições e o MAPA concordam que os impactos climáticos foram fortes, mas que sem um levantamento técnico abrangente é impossível fazer uma distribuição justa dos recursos do Funcafé. Assim, o propósito da retenção de mais de R$ 1 bilhão é para deixar registrado para cooperativas e produtores que existem recursos reservados para esse advento climático. Porém, os valores só serão liberados após o acesso às informações dos impactos gerados pelas geadas e as definições de critérios exigidos aos produtores.
“As entidades como CNC, OCB e CNA, além da Ministra Tereza Cristina e sua equipe, estão atuando de forma ágil e assertiva para que os recursos do Funcafé estejam disponíveis, imediatamente após a apresentação do levantamento oficial das áreas atingidas pelas geadas. Isso está sendo feito pela Fundação Procafé, subsidiado pela OCB. Sem dados concretos e sem critérios claros, o apoio não seria aplicado de forma correta”, explica Silas Brasileiro, presidente do CNC.
Mercado do Café
Os contratos futuros de café encerram a semana na Bolsa de Nova York na expectativa de novidades nos fundamentos. Os futuros de arábica se estabilizaram nas últimas sessões, depois de cinco quedas consecutivas.
O vencimento setembro/21, na Bolsa de Nova York, fechou a US$ 1,7690 centavos de dólar por libra-peso, apresentando variação semanal negativa de 265 pontos. Na ICE Europe, o vencimento setembro/21 do café caiu US$ 22,00, fechando a sessão da última quinta-feira (05) a US$ 1.764 por tonelada.
O dólar à vista encerrou em alta de 0,57% na quinta-feira (05), negociado a R$ 5,215. De acordo com corretores, as preocupações com relação às contas públicas e as tensões políticas contribuíram para os ganhos da moeda norte-americana ante o real.
No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informam que as cotações do café arábica e do robusta tiveram fechamentos diferentes. Segundo os pesquisadores, a valorização do dólar em relação ao real elevou os preços domésticos do robusta, contribuindo para o fechamento de alguns negócios. Para o arábica, com o mercado futuro externo oscilando, agentes brasileiros estiveram mais retraídos, poucos negócios foram fechados e a cotação encerrou em queda. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta se situaram em R$ 990,19 por saca e R$ 603,11 por saca, respectivamente, com variações de -2,39% e 3,88%.
A Somar Meteorologia informa que as temperaturas sobem neste fim de semana na Região Sudeste, aumentando ainda mais a amplitude térmica. A umidade relativa do ar, no entanto, volta a ficar crítica em São Paulo e em Minas Gerais (Assessoria de Comunicação, 6/6/21)