CNC: Balanço Semanal de 28/9 a 2/10/2020
CONTRATOS ASSINADOS
Até hoje, 30 instituições financeiras assinaram contratos para o recebimento de recursos do Funcafé, somando um valor de R$ 5,108 bilhões, o que equivale a 89,4% do total de R$ 5,710 bilhões disponíveis. O volume restante, que envolve recursos da ordem de R$ 602,4 milhões, depende da apresentação de demanda por parte do Citibank e do Santander, que tomou parcialmente os recursos.
OIC contratará consultoria para alavancar consumo de café
Solicitação foi feita pelo CNC e visa equilibrar consumo com crescente oferta futura, evitando depreciação a produtores.
O Conselho Nacional do Café (CNC), como integrante da delegação brasileira junto à Organização Internacional do Café (OIC), intensificou seu posicionamento para que a entidade tenha maior foco de atuação na promoção do consumo da bebida, principalmente nos países produtores e mercados emergentes.
"Preços remuneradores somente são alcançados quando existe o equilíbrio entre oferta e demanda. Trabalhar o aumento do consumo de café de forma permanente, para evitar a formação de excedentes que aviltam a renda dos cafeicultores, é uma política global que beneficia todas as regiões produtoras do mundo", explica o presidente da entidade, Silas Brasileiro.
Em linha com o posicionamento do CNC, o Conselho Internacional do Café aprovou, em sua 127ª sessão, nos dias 10 e 11 de setembro, um termo de referência para contratação de consultoria que visa a atualizar o Guia Detalhado da OIC para Promoção do Consumo de Café nos Países Produtores.
Segundo o trabalho estatístico da OIC, o consumo per capita de café nas nações exportadoras é baixo, com exceção ao Brasil, onde atinge 6,3 kg/habitante/ano. Na Colômbia e na Etiópia, importantes origens que se situam no grupo com números mais altos de consumo per capita após o Brasil, esse número é de apenas 2 kg/habitante/ano.
Considerando essas informações, o presidente do CNC avalia que disponibilizar ferramentas para que os governos, com o envolvimento de suas cadeias produtivas, estimulem o aumento do consumo doméstico deve ser uma bandeira prioritária da Organização, pois já existem diversos planos e incentivos para o aumento da produção.
"Vemos o exemplo de Uganda, onde o governo já anunciou um plano para aumentar a produção dos atuais 4,7 milhões de sacas para 20 milhões até 2025. Para tanto, o sindicato do setor tem estimulado a adoção dos espaçamentos utilizados no Brasil, visando adensar o parque cafeeiro de robusta e aumentar a produtividade. É fundamental, contudo, que iniciativas como essa também sejam acompanhadas de ações para o aumento do consumo naquele país, que hoje é de apenas 0,3 kg/habitante ano", pondera.
O trabalho de consultoria aprovado envolverá a elaboração de um conjunto de ferramentas para desenvolver o mercado cafeeiro nos países produtores, concentrando-se em intervenções que estimulem a demanda por café e beneficiem toda a cadeia produtiva, de cafeicultores a consumidores, e que levem em conta diversos elementos e tendências emergentes, considerando as especificidades sociais e econômicas de cada país.
CNC monitora instalação da CMO no Congresso Nacional
Entidade busca manutenção de volumes recordes do Funcafé para a cadeia produtiva cafeeira realizar planejamento à safra 2021.
Mantendo seu trabalho institucional para garantir o maior volume de recursos aos cafeicultores no Brasil, o Conselho Nacional do Café (CNC) vem monitorando a instalação da Comissão Mista de Orçamento (CMO) no Congresso, que está prevista para ocorrer na próxima terça-feira, 6 de outubro.
O colegiado, que será composto por senadores e deputados federais, é o responsável por apresentar os projetos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO - PLN 9/2020) e da Lei Orçamentária Anual (LOA - PLN 28/2020) de 2021.
CNC: liberação de recursos do Funcafé chega a R$ 2,7 bilhões
Volume disponibilizado nos agentes financeiros equivale a 53,6% do total de R$ 5,1 bi contratados pelas instituições junto ao Fundo até o momento.
O Conselho Nacional do café (CNC) apurou, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que a liberação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) aos agentes financeiros, na safra 2020, chegou a R$ 2,737 bilhões até ontem, 1º de outubro.
Considerando que o montante contratado pelas instituições junto ao Fundo, no ciclo atual, soma R$ 5,108 bilhões até o momento, o volume liberado representa 53,6%. É válido recordar que, para a temporada cafeeira 2020, o Funcafé disponibiliza um total de R$ 5,710 bilhões.
Do volume repassado, R$ 1,236 bilhão foram destinados à Comercialização, o que corresponde a 53,7% do disponibilizado para esta linha; R$ 647,5 milhões para Custeio (40,5%); R$ 483 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café - FAC (42%); e R$ 371 milhões para Capital de Giro (57,1%).
Segundo o presidente do CNC, Silas Brasileiro, a entidade vem realizando contatos com parlamentares que devem integrar a CMO.
"Essa relação político-institucional é crucial para que possamos manter a evolução constante dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira, o Funcafé, que é o banco da cafeicultura nacional e a principal fonte exclusiva de recursos ao setor, que pode realizar seu planejamento através do capital disponibilizado para custeio, comercialização e capital de giro", explica.
Na atual safra 2020, o Funcafé disponibiliza R$ 5,710 bilhões a todos os segmentos da cadeia produtiva, volume que implica recorde histórico.
"Temos trabalhado para evoluirmos esses recursos, de maneira que a cadeia produtiva, em especial os cafeicultores, possam atravessar a temporada 2021 capitalizados, realizando a melhor gestão de suas lavouras e podendo comercializar nos melhores momentos de preço do mercado", conclui.
Incertezas quanto ao cenário fiscal brasileiro fortaleceram a moeda norte-americana. Real tem pior desempenho mundial no ano
Os contratos futuros do café arábica não conseguiram manter o suporte de US$ 1,10 na segunda-feira (28/09), o que foi tecnicamente negativo e o mercado acumulou perdas ao longo da semana até ontem. A queda foi estimulada pela força do dólar comercial frente ao real, motivada por incertezas sobre a questão fiscal no Brasil, e pela possibilidade de retorno de chuvas ao cinturão produtor.
Na Bolsa de NY, o vencimento dezembro/2020 declinou 660 pontos, encerrando a sessão de quinta-feira a US$ 1,0705 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento novembro/2020 do café robusta acompanhou o movimento do arábica e recuou US$ 61, para US$ 1.315 por tonelada.
O fortalecimento do dólar em relação ao real, em 2020, é superior a 40%, o que faz com que a moeda brasileira tenha o pior desempenho no mundo. O mercado vê com desconfiança o cenário fiscal nacional, em especial no que se refere a qual será a fonte de financiamento do programa social Renda Cidadã, que deve substituir o Bolsa Família. Ontem, a divisa norte-americana foi cotada a R$ 5,654, acumulando ganho semanal de 1,8%.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa a chegada de uma frente fria ao Sudeste amanhã, que deverá trazer chuvas para a faixa leste da Região. Também há possibilidade de precipitações, no domingo, em partes de São Paulo e Espírito Santo, sul e Zona da Mata de Minas Gerais e no Rio de Janeiro. No oeste paulista e nas demais regiões mineiras, o tempo seco permanece.
No mercado físico, as cotações do café também recuaram, mantendo os agentes retraídos e a liquidez reduzida. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) se situaram em R$ 532,37/saca e R$ 392,33/saca, com quedas, respectivamente, de 1,9% e 2,4% (Assessoria de Comunicação, 2/10/22)