CNC: Balanço Semanal de 29/4 a 3/5/2019
monteCCer amplia capacidade de armazenamento de café
Presidente do CNC participou da abertura do Armazém III da cooperativa associada e acompanhou lançamento do projeto Viveiro de Atitude.
Na quarta-feira, 1º de maio, o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, participou da inauguração do Armazém III da associada Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado Monte Carmelo (monteCCer), em Monte Carmelo, na Região do Cerrado Mineiro.
O espaço possui aproximadamente 4.000 metros quadrados e abrigará o maquinário utilizado no preparo dos cafés diferenciados que os cooperados produzem, além de ampliar a capacidade de armazenagem para 360 mil sacas, armazenamento que é feito lote a lote pela cooperativa com segurança, logística e tecnologia.
"É um espaço grandioso que foi conquistado e desenvolvido através do profissionalismo que marca a gestão da monteCCer. Os cooperados serão beneficiados com uma estrutura que lhes dará tranquilidade e segurança para armazenarem seu produto até a venda no momento mais adequado", comenta Silas Brasileiro.
O presidente do CNC também acompanhou o lançamento do programa "Viveiro de Atitude", criado pelos cooperados da monteCCer. "Esse projeto tem o objetivo de contribuir com a preservação dos recursos naturais da região. Serão produzidas e distribuídas mudas de árvores nativas do Cerrado para que sejam plantadas nas propriedades dos cooperados, fazendas vizinhas e na área urbana para arborização da cidade de Monte Carmelo. É mais um clássico exemplo da preocupação ambiental que a cafeicultura brasileira possui", comemora.
A estrutura do viveiro está pronta, foi construída com recursos próprios dentro das instalações da monteCCer e tem capacidade para produção de 60 mil mudas por ano. O projeto conta com suporte de diferentes instituições e pretende movimentar, além da cafeicultura, outros segmentos do agro, comércio, sociedade civil, entidades de classe e governamentais, universidades e escolas.
Colheita antecipada: chuva limita trabalhos de cata no Brasil
As precipitações também afetaram a qualidade de parte dos primeiros lotes colhidos, principalmente em SP, MG e RO.
Com o início antecipado da colheita nesta safra 2019, algumas regiões produtoras voltaram a ser atingidas por chuvas na semana passada e os trabalhos foram limitados, além de ter sido registrado prejuízo na qualidade dos frutos. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o cinturão cafeeiro foi afetado pelas precipitações principalmente em São Paulo, Minas Gerais e Rondônia. “Nas propriedades de arábica, as chuvas resultaram em queda de grãos mais maduros e atingiram os cafés já nos terreiros, o que pode influenciar a qualidade dos primeiros lotes”, destaca a instituição.
De 13 a 28 de abril, as estações de Cacoal (RO), Franca (Mogiana – SP) e Machado (Sul de Minas) registraram acumulados de chuva, respectivamente, de 135,8 milímetros, 92,8 mm e 63,4 mm, de acordo com informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). “Ressalta-se, contudo, que apenas uma parcela dos pés foi atingida por fortes chuvas e, com a colheita ainda na fase inicial e o alto percentual de grãos verdes em boa parte das lavouras, os impactos na safra 2019/20 ainda são pequenos”, pondera o Cepea.
Entretanto, a instituição analisa que, caso as chuvas permaneçam, as atividades de campo e o beneficiamento do arábica devem ser prejudicados. “As temperaturas um pouco mais baixas nesses últimos dias também podem retardar a maturação dos grãos. Diante disso, produtores podem preferir atrasar os trabalhos a fim de se obter maior uniformidade”, completa.
ANDAMENTO
Até esta semana, o ritmo de colheita está mais avançado apenas no Noroeste do Paraná e em Rondônia, segundo colaboradores do Cepea. Na região paranaense, os produtores estão concentrados especialmente nas catações das pontas dos cafezais, sendo que o volume colhido corresponde de 5% a 10% do total esperado para a safra. Já em Rondônia, apesar das chuvas, a colheita já atinge entre 10% e 15% da produção estimada para 2019.
No restante das regiões produtoras de arábica e robusta, os trabalhos de cata ainda estão no início. O Cepea comenta que, caso o clima seja favorável, as expectativas são de que a colheita ganhe força na próxima semana em todas as origens produtoras, com maior volume de café da safra nova chegando ao mercado no final de maio.
Futuros do café voltam a recuar nos mercados internacionais
Pressão foi exercida pelo fortalecimento do dólar norte-americano e pela impressão de oferta mundial satisfatória.
Os contratos futuros do café viveram nova semana de queda nas bolsas internacionais. O fator baixista permanece sendo exercido, entre outros pontos, pelo fortalecimento do dólar norte-americano e pela impressão de oferta mundial satisfatória.
Na quinta-feira, a moeda dos Estados Unidos ganhou força frente ao real diante das incertezas no cenário político do Brasil, em especial no que se refere à reforma da Previdência.
Internacionalmente, a divisa subiu devido a declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, que não teria confirmado expectativas de corte de juros no país em 2019. Ontem, o dólar fechou a R$ 3,9589, com alta semanal de 0,7%.
Conforme analistas, os fundos de investimento seguem apostando em queda das cotações na Bolsa de Nova York. Eles acreditam que esses players devem ter alterado pouco seu volume líquido vendido na ICE US no dia 30 de abril. Na semana anterior, encerrada em 23 de abril, os fundos estavam com saldo líquido vendido de 75.846 lotes.
Na quinta-feira, o contrato "C" com vencimento em julho de 2019, encerrou o pregão a US$ 0,9155 por libra-peso na bolsa nova-iorquina, acumulando perdas de 110 pontos. Na ICE Europe, o vencimento julho de 2019 do café robusta recuou US$ 46 na semana, fechando a sessão de ontem a US$ 1.364 por tonelada.
Em relação ao clima, haverá mudança no fim de semana no cinturão cafeeiro, com possibilidade de ocorrência de precipitações, de acordo com a Somar Meteorologia. O avanço de áreas de instabilidade, que se formam entre o Brasil e o Paraguai, eleva a expectativa de pancadas de chuva, de forma isolada e passageira, com trovoadas nos quatro Estados da Região Sudeste. No domingo, deve ocorrer chuva forte em São Paulo, sul de Minas e oeste do Rio de Janeiro.
No mercado doméstico, as cotações acompanharam o desempenho internacional e recuaram. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 382,13/saca e a R$ 279,06/saca, respectivamente, com desvalorizações de 0,2% e 2,2%. Os negócios permaneceram calmos em meio ao cenário de baixa (Assessoria de Comunicação, 3/5/19)