07/02/2022

CNC: Balanço Semanal de 31 de janeiro a 4 de fevereiro

Pautas importantes são tratadas entre CNC e MAPA

O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, se reuniu nesta quarta-feira, 02/02, com o Diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Sílvio Farnese, para tratar de importantes pautas para a cafeicultura nacional.

Dentre os assuntos, esteve o Projeto de Lei 2700/21 que propõe que os recursos destinados à subvenção econômica do Prêmio de Seguro Rural (PSR), que estão alocados no MAPA, sejam transferidos para as Operações Oficiais de Crédito 2 (OOC).

“Isso para evitar o seu contingenciamento, sendo esta uma forma inteligente para que a participação efetiva de subvenção do seguro seja garantida, continuando a gestão do PSR no MAPA. A exemplo do PL 2700/21, estamos discutindo a mesma proposta em relação aos recursos para a Embrapa Café, visto que, habitualmente, os valores colocados no PLOA e aprovados pelo Congresso Nacional são, sistematicamente, contingenciados gerando incertezas, inseguranças e comprometimento da execução dos projetos do Consórcio Embrapa Café”, destacou o presidente do CNC.

Outro assunto tratado diz respeito à utilização do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) no intuito de fomentar a pesquisa, a certificação e garantir a contribuição do Brasil a organismos internacionais. “Estamos também avaliando a possibilidade de um projeto de lei autorizando o Funcafé transferir recursos próprios para a pesquisa, certificação de pequenas propriedades e pagamento de contribuições de organismos internacionais a exemplo da Organização Internacional do Café (OIC)”, informou Silas Brasileiro.  

CNC busca adequação trabalhista para contratação de mão de obra

Programas sociais têm servido de entraves para que trabalhadores rurais aceitem sair da informalidade no campo

O Conselho Nacional do Café (CNC) participou nesta quinta-feira, 03/02, de audiência no Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), em busca de facilitar a geração de emprego no campo. Estiveram na reunião Bruno Dalcomo, Secretário Executivo do MTP, Luis Felipe Batista de Oliveira, Secretário de Trabalho; Alinne Christooffoli, Chefe da Assessoria Parlamentar, o Deputado Federal Zé Vitor (PL/MG), Ronaldo Tannus, vereador da cidade de Uberlândia/MG e o presidente do CNC, Silas Brasileiro.

Recentemente, a mídia destacou um alto índice de trabalhadores resgatados na zona rural em situação análoga ao trabalho escravo, “o que até hoje não está definitivo”. O destaque negativo por parte da imprensa foi o grande número de pessoas trabalhando de forma irregular em propriedades rurais.

Na audiência, Silas Brasileiro demonstrou preocupação com a situação. “Ficamos constrangidos quando vimos os números das operações realizadas, que contribuem de uma forma negativa para o agro brasileiro, pelo fato de que um número expressivo de trabalhadores simplesmente não portar carteira de trabalho assinada. No entanto, a despeito do número de empregos no campo, a operação realizada tem números inexpressivos, especulativos, denegrindo assim a imagem do emprego rural”.

Conscientização

Por parte do CNC e de suas cooperativas, através dos departamentos técnicos, são realizadas reuniões permanentes junto aos produtores de café no sentido de orientar sobre o perfil dos cafés sustentáveis, que busca cuidar com muito zelo dos trabalhadores rurais.

“Foi comunicado por Bruno Dalcomo, Secretário Executivo do MTP, que por nossa sugestão serão realizadas reuniões nas principais regiões produtoras para orientação da legislação trabalhista, quando foi facultada nossa participação”, conta Silas Brasileiro.

Trabalho interministerial

Durante a audiência ficou acordado que haverá uma reunião entre o Ministério do Trabalho e Previdência e o Ministério da Agricultura, representado pela Ministra Tereza Cristina, para acertar uma forma de contratação em que os trabalhadores rurais continuem recebendo seus benefícios e tenham na carteira de trabalho uma remuneração de até um salário mínimo. “Em nossa visão essa é uma solução para gerar mão de obra no campo e tirar até 2 milhões de trabalhadores da informalidade”, finaliza o presidente do CNC.

Funcafé tem mais de 94% do valor contratado aos agentes financeiros

Os produtores de café continuam a ter acesso aos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) através de seus bancos de relacionamento, sejam eles comerciais, cooperativos ou cooperativas de crédito que operam a modalidade.

O Conselho Nacional do Café (CNC), apurou junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as liberações de recursos do Funcafé aos agentes financeiros, para a safra 2021/2022. Até a data de 01/02/2022, os recursos chegaram a R$ 4.998,868 bilhões, que equivale a mais de 94% dos R$ 5,288 bilhões contratados.

O valor às instituições financeiras foi dividido entre as linhas de crédito do Funcafé da seguinte forma: R$ 1,793 bilhão para Comercialização, que corresponde a 92% do total autorizado; R$ 1,151 bilhão para Custeio (82%); R$ 659,842 milhões para Capital de Giro (95%); R$ 1,060 bilhão a linha de Financiamento para Aquisição de Café (FAC), que corresponde a 85%; e R$ 333,535 milhões para Recuperação de Cafezais Danificados (51%).

O manifesto interesse dos bancos na aplicação dos recursos do Funcafé chega em um momento importante diante de tantas adversidades enfrentadas pelo setor. “Destacamos a agilidade do MAPA no processo de liberação dos recursos para a safra 2021/2022, visto que os agentes financeiros já contam com os recursos para oferecerem o crédito aos produtores para que tenham condição de manter a produção e, por consequência, garantir a sustentabilidade da cultura”, analisa Silas Brasileiro, presidente do CNC.

O Conselho Nacional do Café ressalta também o fato de mais de 94% dos valores autorizados terem sido contratados pelos agentes financeiros, o que demonstra a importância do Funcafé para os cafeicultores. “Esse alto interesse dos bancos e das cooperativas de crédito comprovam a relevância econômica e social do fundo. Sem ele, as dificuldades que a cafeicultura tem enfrentado seriam muito mais danosas. Por isso, o CNC é o guardião do Funcafé”, finaliza Silas Brasileiro.

Os contratos futuros de café arábica encerram a semana na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) na expectativa de manter a alta dos últimos três pregões. O vencimento março/22, conseguiu fechar acima de 242 cents e agora precisa dar sequência aos ganhos para indicar continuidade da tendência altista.

O vencimento março/22, na Bolsa de Nova York, fechou a US$ 2,4390 centavos de dólar por libra-peso, apresentando variação semanal positiva de 800 pontos. Na ICE Europe, o vencimento março/22 do café teve alta de US$ 41,00, fechando a sessão dessa quinta-feira (03) a US$ 2.234,00 por tonelada.

Após forte queda nas últimas semanas, o dólar à vista teve alta em relação ao real. Ontem (03), fechou o dia cotado R$ 5,295, alta de 0,36%. O dólar ainda acumula queda de 1,76% na semana e desvalorização de 5,03% no ano. Segundo corretores, após a queda expressiva da moeda norte-americana em janeiro é difícil que haja uma nova rodada de valorização do real.

No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informam que as cotações domésticas do café arábica e do robusta subiram. Segundo os pesquisadores, o avanço dos futuros dos cafés arábica no mercado internacional impulsionou o preço doméstico. No entanto, a maior parte dos agentes continuou retraído, mantendo a liquidez interna baixa. As cotações do robusta também foram impulsionadas pelos ganhos externos, porém, poucos negócios foram fechados. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta se situaram em R$ 1.491,62 por saca e R$ 822,73 por saca, respectivamente, com variações semanais de 0,71% e -0,68%.

De acordo com a Somar Meteorologia, a chuva não vai dar trégua na região Sudeste. Para sábado (05), a previsão em São Paulo e Rio de Janeiro é de chuvas irregulares e passageiras, devido ao aumento das temperaturas. Chuva forte sobre o centro, norte e leste mineiro e em pontos do Espírito Santo, por causa do calor e da alta umidade. No domingo (06), uma nova frente fria chega à costa paulista e a chuva aumenta entre a tarde de segunda (07) e a madrugada de terça-feira (08) (Assessoria de Comunicação, 4/2/22)