15/03/2021

CNC: Balanço Semanal de 8 a 12/3/2021

Silas Brasileiro é reconduzido à Presidência Executiva do CNC

Entidade também elegeu conselheiros diretores e o coordenador, que, ao lado do presidente, conduzirão os trabalhos até março de 2023.

Os membros do Conselho Nacional do Café (CNC), em Assembleia Geral Ordinária (AGO) realizada, virtualmente, no dia 25 de fevereiro, reelegeram Silas Brasileiro para a Presidência Executiva da entidade durante o próximo biênio, que se estenderá até 22 de março de 2023. A seu lado, ele terá Maurício Miarelli como coordenador e o novo Conselho Diretor, também eleitos na reunião, para orientarem os trabalhos a serem implantados.

“Teremos dois anos desafiadores. Seguiremos diante do impacto sanitário, que deve começar a mitigar com o avanço da vacinação, e, principalmente, do econômico causados pela pandemia da Covid-19, os quais nos obrigam a nos reinventar e a buscar inovações. Pretendemos estruturar nossos comitês para um plano de ação com foco em estatística, pesquisa e tecnologia, sustentabilidade e comunicação, visando ao fortalecimento e à modernização da cafeicultura”, pontua Brasileiro.

Na esfera política, o presidente do CNC reforça que a entidade seguirá estreitando laços com os parlamentares e o governo federal para a preservação do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) e para ampliar o capital destinado a pesquisa e inovações. “O Funcafé é a principal fonte de recursos exclusivos à cafeicultura e é fundamental para que o Brasil permaneça como principal player mundial, com investimentos em pesquisa e tecnologia, de maneira que nossos produtores sigam com renda na atividade”, explica.

O presidente do CNC argumenta que essa aproximação é importante para o andamento normal das políticas ao setor. “No anseio de alcançarmos resultados, é necessário que nossos parlamentares votem e aprovem as orientações vindas do Conselho Deliberativo da Política do Café, que é composto por todos os segmentos do setor privado e pelo governo federal, com uma excelente condução da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e apoio incondicional da ministra Tereza Cristina. Assim, teremos efetivas políticas públicas para a cafeicultura, voltadas às necessidades reais da atividade”, completa.

Para o próximo biênio, o Conselho Diretor do CNC contará com nove conselheiros — confira as biografias aqui: Carlos Augusto Rodrigues de Melo, presidente da Cooxupé; Carlos Sato, presidente da Cocapec; Francisco Sérgio de Assis, presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado; Guilherme Salgado Rezende, presidente da BSCA; José Marcos Rafael Magalhães, presidente da Minasul; Leonardo de Mello Brandão, vice-presidente da Coccamig; Luiz Carlos Bastianello, presidente da Cooabriel; Luciano Ribeiro Machado, Superintendente do Bancoob; e Marco Valério Araújo Brito, presidente da Cocatrel e da Coccamig.

“A partir da próxima gestão, contaremos com os préstimos de nossos debutantes Guilherme Rezende (BSCA) e Bastianello (Cooabriel), que possuem espírito cooperativista, posturas coerentes aos princípios do cooperativismo, além de destacada gestão à frente de suas entidades, o que agrega valor e qualifica ainda mais o corpo diretivo do CNC para a melhor tomada de decisões visando ao fortalecimento sustentável dos cafés do Brasil”, conclui.

 Funcafé repassa mais de 70% aos agentes até março

Instituições financeiras captaram R$ 3,848 bilhões para linhas de Comercialização, Custeio, FAC, Capital de Giro e Recuperação de Cafezais.

Os repasses do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) aos agentes financeiros na safra 2020 subiram para R$ 3,848 bilhões até o último dia 3 de março, montante que corresponde a 70,4% do total de R$ 5,466 bilhões contratados. A informação é do Conselho Nacional do Café (CNC), que apurou os números junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Desse volume repassado, R$ 1,482 bilhão foram destinados à linha de financiamento de Comercialização (67,1% do total), R$ 1,240 bilhão para a de Custeio (77,5%), R$ 605 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café – FAC (54,4%), R$ 501 milhões para Capital de Giro (79,4%) e R$ 20,3 milhões à linha destinada a Recuperação de Cafezais Danificados (12,7%).

Suporte também veio da manutenção de fundamentos positivos ligados a uma menor oferta global e a possibilidade de retomada do consumo.

Os contratos futuros do café voltaram a ter desempenho positivo nesta semana, recebendo suporte do enfraquecimento do dólar e da manutenção de fundamentos positivos relacionados a uma menor oferta global e a possibilidade de retomada do consumo nos EUA e em países da Europa, à medida que a vacinação evolui.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio/21 encerrou a sessão de ontem a US$ 1,3235 por libra-peso, acumulando valorização semanal de 350 pontos. Na ICE Europe, o vencimento maio/21 do café robusta acumulou ganhos semanais de US$ 38, finalizando a quinta-feira a US$ 1.419 por tonelada.

O dólar comercial se depreciou no intervalo, à medida que, nos EUA, as taxas de juros de títulos de 10 anos tocaram 1,55%, com números superiores ao esperado para os pedidos de auxílio-desemprego.

No Brasil, a pressão veio da intervenção do Banco Central, do IPCA de fevereiro, que foi de 0,86% e ficou acima do teto das projeções, o que fez com que a curva de juros passasse a precificar alta de 0,75% na reunião do Copom da próxima semana. No fechamento, a divisa foi cotada a R$ 5,5428, com depreciação semanal de 2,5%.

No físico, após a correção da semana antecedente, as cotações permaneceram praticamente estáveis, o que manteve os vendedores afastados. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 736,80/saca (0,1%) e R$ 450,36/saca (estável) (Assessoria de Comunicação, 12/3/21)