09/01/2018

Economia venezuelana derrete, e agronegócio brasileiro encolhe

Economia venezuelana derrete, e agronegócio brasileiro encolhe

A situação econômica se agrava na Venezuela, e o Brasil perde um importante parceiro no agronegócio.

Em 2017, as exportações da agroindústria brasileira para os venezuelanos recuaram para o menor patamar em 12 anos. Se consideradas as exportações totais do Brasil para a Venezuela, o recuo é de 21 anos.

Os venezuelanos, que já chegaram a importar alimentos no valor de US$ 2,9 bilhões do Brasil, em 2014, gastaram apenas US$ 289 milhões em 2017.

A lista dos produtos importados por eles se reduz praticamente a itens básicos.

Em 2008, ano do recorde da relação comercial entre os dois países, a Venezuela tinha seis produtos não alimentares na lista dos 15 principais importados. No ano passado, o número caiu para apenas dois.

Nessa lista de básicos, a liderança é do açúcar (US$ 74 milhões em 2017), seguido das carnes avícolas (US$ 48 milhões).

Milho, leite, arroz e farinha de trigo completam a lista das principias importações venezuelanas do Brasil.

Esse cenário de economia arrasada na Venezuela trouxe problemas para alguns setores do agronegócio brasileiro. Um deles foi o de exportações de gado vivo.

Líder nas compras de animais vivos do Brasil, a Venezuela saiu desse mercado no ano passado, forçando os exportadores a buscar outros compradores.

Em 2014, as exportações brasileiras de gado em pé para a Venezuela somaram US$ 178 milhões, 73% do total exportado pelo Brasil (Folha de S.Paulo, 5/1/18)