11/11/2019

Exportação de carne suína do Brasil tem maior receita em 2 anos em outubro

Exportação de carne suína do Brasil tem maior receita em 2 anos em outubro

As exportações de carne suína in natura e processada do Brasil registraram receita cambial de 149,6 milhões de dólares em outubro, maior saldo para um único mês nos últimos dois anos, informou nesta sexta-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

De acordo com dados da ABPA, o desempenho é 38,4% maior que o verificado em igual período do ano passado.

No mês, foram embarcadas 68,1 mil toneladas da proteína, alta de 8% na comparação annual, acrescentou a entidade.

“As vendas para a Ásia seguem impulsionando as exportações de carne suína, com elevação, no mês de outubro, de 81% nos embarques para a China e de 19% para Hong Kong”, disse em nota o presidente da ABPA, Francisco Turra.

No acumulado do ano, as exportações de suínos somam 592,3 mil toneladas, alta de 11,7% no ano a ano, além de receita de 1,23 bilhão de dólares, avanço de 23% ante os dez primeiros meses de 2018.

As exportações brasileiras têm sido estimuladas pelo surto de peste suína africana na China, que dizimou a maior criação de porcos do mundo e reduziu fortemente a oferta no país, principal consumidor global da proteína (Reuters, 8/11/19)


Importação de carne suína pela China pode ter recorde de 4,6 mi t em 2020

As importações de carne suína pela China vão atingir níveis recordes de até 4,6 milhões de toneladas no ano que vem, à medida que a produção local recua para mínimas históricas após um grave surto de peste suína africana, afirmou nesta sexta-feira o holandês Rabobank.

As importações da proteína pelo país asiático já devem ultrapassar recordes anteriores neste ano, figurando entre 3,1 milhões e 3,3 milhões de toneladas (incluindo miúdos), ante 2,1 milhões de toneladas no ano passado, disse o banco em relatório.

Embora os altos preços dos porcos tenham estimulado grandes produtores chineses a começar recompor os rebanhos e traçar planos para novas áreas produtivas, a criação de suínos do país começará a se recuperar apenas no ano que vem, com a oferta de carne voltando a acelerar em 2021, segundo o Rabobank.

“Esperamos importações em máximas recordes em 2020, com produção em mínimas recordes”, disse o relatório.

A produção chinesa de carne suína deve encolher em um quarto neste ano em comparação com 2018, para cerca de 40,5 milhões de toneladas, e mais 10% ou 15% em 2020, afirmou o banco.

Enquanto isso, a produção de aves no país já saltou 10% neste ano, e deve crescer ainda mais no ano que vem.

O Rabobank estimou as importações de carne de porco pela China entre 2,3 milhões e 2,6 milhões de toneladas em 2020, o equivalente a um quarto do comércio global, com as aquisições de miúdos figurando entre 1,5 milhão e 2 milhões de toneladas.

Embora as importações tendam a diminuir após 2020, quando a produção chinesa se recuperar, o nível médio das aquisições deve permanecer alto entre 2021 e 2025, em cerca de 3 milhões de toneladas (incluindo miúdos), uma vez que os custos de biossegurança no país seguem elevados (Reuters, 8/11/19)