Funcionários da BRF aprovam suspensão de contrato de trabalho por 5 meses
Empregados da empresa de alimentos aprovaram nesta terça-feira suspensão de contratos de trabalho da maior parte da fábrica da companhia em Chapecó (SC) por cinco meses, informou o sindicato local em comunicado.
Com o layoff, os trabalhadores receberão uma bolsa-auxílio no valor de 80 por cento do salário paga pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), informou o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Chapecó (Sitracarnes).
A entidade não divulgou o número de trabalhadores atingidos pelo layoff, mas a BRF informou que a medida envolve 1.400 funcionários da linha que fabrica produtos de carne de frango.
A proposta aprovada em assembleia também inclui cláusula em que em caso de demissão após três meses do fim da suspensão dos contratos de trabalho, a BRF pagará multa adicional de 100 por cento do salário nominal, além das multas rescisórias.
Em reestruturação de suas atividades, BRF anunciou no final de junho que quer vender 5 bilhões de reais em ativos no segundo semestre deste ano. A empresa, dona das marcas Sadia e Perdigão, havia informado em 20 de junho que havia concedido férias coletivas de 30 dias aos funcionários da unidade em Chapecó, em consequência do impacto da greve dos caminhoneiros.
A BRF afirmou em nota que o regime de layoff poderá “durar até cinco meses” e entrará em vigor a partir de 29 de agosto.
“A decisão visa ajustar os estoques da companhia. BRF ressalta que a unidade segue em funcionamento e deverá voltar a operar normalmente após este período. Os investimentos destinados a melhorias locais serão mantidos e os termos contratuais vigentes serão honrados junto aos atuais integrados”, afirmou a empresa (Reuters, 10/7/18)
GO:Produtores temem interrupção de plantas da BRF e pedem apoio do governo
O presidente em exercício da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Bartolomeu Braz (Foto), se reuniu nesta terça-feira (10) com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, para pedir apoio à avicultura no Estado. Segundo comunicado da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o setor teme o fechamento em Goiás de frigoríficos da BRF que produzem carne de aves.
"A nossa expectativa é que possamos nos reunir com a diretoria da BRF, juntamente com o ministro da Agricultura, para resolver a situação de Goiás. É preciso garantir que os produtores rurais permaneçam na atividade e continuem gerando emprego", ressaltou Braz. A preocupação do setor se deve a declarações da BRF, dadas no mês passado, informando o fechamento da unidade de abate de perus em Mineiros (GO), devido à impossibilidade de exportação.
"Buscamos outras saídas para que transformassem os aviários de peru para frangos para manter os empregos na região. Na audiência, o vice-presidente da BRF nos garantiu que não fecharia nenhuma unidade em Goiás, mas fomos surpreendidos com a notificação da diminuição dos abates na unidade de Rio Verde", declarou o representante da federação na nota.
Também participaram da reunião a senadora Lucia Vânia (PSB-GO), o presidente da Associação dos Granjeiros de Rio Verde, Ângelo Thomaz, o produtor rural em Mineiros (GO), José Mário Schreiner e o secretário da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério, Luiz Rangel (Broadcast, 10/7/18)