08/12/2020

Garantia final à meta dos CBios adiciona R$ 3 à cotação nesta 2ª feira

Garantia final à meta dos CBios adiciona R$ 3 à cotação nesta 2ª feira

Por Giovanni Lorenzon

Legenda: Mercado de CBios ganha fôlego com metas garantidas para 2020 (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

Após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) enterrar definitivamente o corte de meta de comercialização de Créditos de Descarbonização (CBios) para 2020, o que ocorreu no sábado conforme deu Money Times ontem, nesta segunda os títulos já obtêm um ganho de cerca de R$ 3 no valor de face.

Fecharam a sexta em torno de R$ 42, com negócios até em R$ 40, e estão nesta segunda em R$ 45 aproximadamente na B3 (B3SA3), segundo informações de várias corretoras.

Com as distribuidoras sendo obrigadas a adquirirem pouco mais de 5 milhões de CBios até o final do mês, completando a meta de 14,5 milhões a que são obrigadas pela lei do RenovaBio, os papéis se valorizaram pela lei do mercado.

A Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom) havia entrado com mandado de segurança no STJ, tentando que fosse revista sentença liminar cassada em de 16 de novembro.

Até esta data, e por duas semanas, as médias e pequenas distribuidoras, cerca de 42, contavam com liminar que permitia a compra de apenas 7,5 milhões até o final do ano, sob o argumento de que o mercado de etanol está fraco (Money Times, 7/12/20)

 


Distribuidoras já adquiriram mais de 10 milhões de CBios

A transação de créditos de descarbonização (CBios) vem movimentando a B3 desde seu lançamento e, de acordo com dados oficiais, a venda de CBios ultrapassou a marca de 10,3 milhões, que corresponde a 70% da meta prevista para o ano de 2020. Além disso, sete distribuidoras já cumpriram todas as metas a que eram obrigadas.


Segundo a B3, já foram emitidos 16,7 milhões de CBios e 10,3 milhões estão em poder de distribuidoras. “A expectativa é que até o final de 2020, as distribuidoras cumpram suas metas e que o número de CBios emitidos e comercializados supere os 18 milhões”, comenta Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).


RenovaBio
A Política Nacional de Biocombustíveis – RenovaBio foi desenhada para atingir parte das metas de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) estipuladas pelo Brasil no âmbito do Acordo de Paris. O programa compara a pegada de carbono dos diferentes biocombustíveis em seu ciclo de vida (da produção à queima no veículo) para mensurar a redução de emissões proporcionada frente à alternativa fóssil e estabelece metas decenais de descarbonização, que são cumpridas com o aumento do uso de combustíveis renováveis e a comercialização de créditos de carbono (CBIO). A meta compulsória para a parte obrigada para 2020 é de 14,5 milhões de CBios (Assessoria de Comunicação, 7/12/20)