12/02/2020

IC Agro fecha 4º trimestre com melhor resultado da série histórica

IC Agro fecha 4º trimestre com melhor resultado da série histórica

A confiança do agronegócio brasileiro registrou alta no quarto trimestre de 2019. O Índice de Confiança (IC Agro) do setor subiu 8,7 pontos, fechando o período em 123,8 pontos. Este é o melhor resultado desde o início da série. Os dados foram divulgados pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) nesta segunda-feira (10).

“Os números demonstram alinhamento entre as expectativas geradas e a agenda prioritária do Executivo e Legislativo federais”, observa Paulo Skaf, presidente da Fiesp. Como consequência, os principais indicadores econômicos mostravam ao fim do ano sinais de recuperação mais consistente. As projeções para o crescimento do PIB em 2019 passaram de 0,82% em meados do ano para 1,17% em dezembro.

Os dados do relatório mostram que o otimismo atingiu praticamente todos os segmentos do agronegócio pesquisados. Segundo a metodologia do estudo, os resultados indicam otimismo quando ficam acima de 100 pontos. Abaixo disso, o sinal é de pessimismo.

Houve boas razões para manter os ânimos elevados. As entrevistas foram realizadas em dezembro, num momento em que as negociações para encerrar a guerra comercial entre Estados Unidos e China levaram a melhora nos preços de algumas das principais commodities agrícolas. Assim, sem acarretar, num primeiro momento, perdas substanciais das exportações brasileiras para o mercado chinês.

 

Confiança das indústrias do agronegócio cresceu

A confiança das indústrias ligadas ao agronegócio chegou a 122,2 pontos. A alta foi de 3,5 pontos em relação ao trimestre anterior e o melhor resultado da série histórica. O valor superou o recorde anterior, registrado no terceiro trimestre de 2019.

A confiança das empresas de insumos agropecuários (122,5 pontos) superou em 3,2 pontos o resultado do trimestre anterior. “As indústrias de fertilizantes, por exemplo, começaram a fechar negócios para a safra 2020/21 com antecipação raramente vista. Fabricantes de defensivos agrícolas também fecharam o trimestre com a expectativa de confirmar o segundo ano consecutivo de crescimento de mercado, deixando definitivamente para trás um período de estagnação que se estendeu de 2014 a 2017”, explica Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB (Assessoria de Comunicação, 10/2/20)