Índice de preços da FAO subiu 8,2% em 2017
A retração na oferta de lácteos e a grande demanda por esses produtos e por carnes impulsionaram os preços mundiais dos alimentos no ano passado. O índice medido pelo braço das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu 8,2% na comparação com 2016, para uma média de 174,6 pontos. É o número mais elevado desde 2014, ainda que seja 24% menor que o recorde alcançado em 2011, de 230 pontos.
Contudo, no mês de dezembro, o índice da FAO apresentou recuo de 3,3%, para 169,8 pontos, informou a instituição.
Além da forte pressão das carnes e dos lácteos, as cotações dos cereais e óleos vegetais subiram de forma moderada. Como força contrária, apenas o açúcar pressionou negativamente o indicador em decorrência do superávit na produção mundial.
Segundo a FAO, os preços das carnes subiram 9% no ano, para uma média de 170 pontos. O valor médio de comercialização de ovinos foi o maior, seguido pelas carnes de suínos, aves e bovinos.
O indicador médio para lácteos encerrou 2017 com 202,2 pontos, 31,5% superior ao de 2016, sendo que os preços da manteiga tiveram o maior incremento, seguidos pelo leite em pó integral e queijo. Os preços do leite desnatado ficaram estáveis.
Os preços dos óleos vegetais subiram 3% na comparação anual para uma média de 169 pontos. Enquanto os dos cereais tiveram alta de 3,2%, para 151,6 pontos. Já o indicador de açúcar teve média de 227,3 pontos em 2017, 11,2% abaixo de 2016 e 38% inferior ao recorde de 369 pontos alcançado em 2011 (Assessoria de Comunicação, 12/1/18)