Indústria de papel e celulose frauda energia elétrica em Luiz Antonio (SP)
CPFL informa ter encontrado fraude em medição de energia dentro de indústria de papel em Luís Antônio, SP — Foto- Divulgação CPFL
Empresa que atua no setor de papel e celulose foi alvo de operação em Luís Antônio (SP), na região de Ribeirão Preto. Equipamento manipulado foi substituído e caso foi levado às autoridades policiais.
Uma indústria de papel e celulose localizada em Luís Antonio (SP), na região de Ribeirão Preto (SP), foi alvo de uma operação da Polícia Civil com a CPFL por suspeita de fraude em energia elétrica.
De acordo com a companhia paulista, a empresa de grande porte, que não teve o nome divulgado até a manhã desta terça-feira (3), manipulou por 22 meses o equipamento de medição. Com isso, desviou um total de 9,7 mil megawatts por hora (MWh), o que seria suficiente para abastecer todas as casas do município de aproximadamente 15 mil habitantes por dez meses.
A operação, segundo a CPFL, ocorreu na última sexta-feira (29), mas as informações sobre o caso foram divulgadas somente no início desta semana.
Segundo a companhia, os agentes descreveram a fraude como "chave de aferição alterada com circuito eletrônico interno". Eles substituíram o equipamento que tinha sido manipulado e regularizaram a medição.
O caso será investigado pela Polícia Civil. De acordo com a CPFL, a empresa em questão é reincidente na prática. O furto e a fraude de energia são crimes previstos no Código Penal e podem levar os responsáveis a até quatro anos de prisão, além da cobrança de ressarcimento e multa.
"Os cálculos sobre a quantidade de energia desviada foram repassados aos responsáveis pelas fraudes e as investigações serão conduzidas pelas autoridades policiais", informou a companhia, em nota.
O g1 tenta obter mais informações sobre a empresa e sobre as ivestigações com a Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP/SP).
Prática causa prejuízos
A fraude na medição de energia elétrica, segundo a CPFL, pode causar prejuízos aos moradores em geral, deixando o sistema mais lento e mais sujeito a interrupções.
"Essas operações de inspeção são realizadas de forma permanente e têm como objetivo coibir uma prática ilegal que causa o encarecimento das tarifas para todos os clientes da distribuidora, piora a qualidade do fornecimento de energia e coloca em risco a vida da população", comunica a CPFL.
Além disso, toda a energia que é desviada, de acordo com a concessionária, passa a ser contabilizada como perda comercial pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que repassa parte do prejuízo para a tarifa da companhia responsável pela região afetada durante as revisões das cobranças (G1, 3/10/23)