Indústria e vendas crescem na China em 2023, mas desafios continuam
Indústria e vendas crescem na China em 2023 Foto Florence Lo - 15.jan.2024 Reuters
Para Escritório de Estatísticas da China, principais metas econômicas foram alcançadas; órgão confirmou aumento de 5,2% no PIB em 2023.
Para Escritório de Estatísticas, principais metas foram alcançadas; órgão confirmou aumento de 5,2% no PIB.
O Escritório Nacional de Estatísticas da China confirmou, na manhã desta quarta-feira (17, noite de terça no Brasil) em Pequim, que o aumento do PIB em 2023 foi de 5,2%. O percentual havia sido adiantado pelo primeiro-ministro Li Qiang, no Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Foi também divulgado o crescimento da produção industrial, de 6,8%, creditado à prioridade para setores como carros elétricos, incentivados diante da retração do setor imobiliário. A recuperação industrial foi considerada "sólida" pelo relatório.
As vendas no varejo aumentaram 7,4% no ano, o que também indicaria reação do consumidor chinês, outro foco da política econômica chinesa, visando alternativas aos imóveis. Na avaliação do órgão, o setor reagiu de forma "rápida".
Em Davos, Li havia enfatizado que a meta de "cerca de 5%", definida no início de 2023, foi obtida sem estímulos excessivos à economia, evitando efeitos de curto prazo que pudessem criar problemas de longo prazo. O ano passado foi de recuperação da economia, pós-pandemia.
"A economia chinesa está fazendo progresso constante e continuará a proporcionar um forte impulso à economia mundial", disse ele, sublinhando a base industrial. "A China é o único país em todas as categorias de classificação industrial da ONU e representa cerca de 30% do valor total."
Apesar da pressão externa, comentou Kang Yi, diretor do escritório, no anúncio desta quarta, as principais metas foram alcançadas. Sobre o PIB, sugeriu comparar o resultado com o de outras economias de grande porte, dizendo que o crescimento chinês está entre os maiores.
A China, acrescentou ele, "reforçou a macrorregulação e redobrou os esforços para expandir o consumo interno, otimizar a estrutura, aumentar a confiança e prevenir e neutralizar riscos".
Kang sublinhou ainda avanços na inflação, que teve leve aumento, e no emprego, mas também os desafios para manter o ritmo em 2024.
Para este ano, Kang prevê que o emprego continuará sob pressão, melhorando aos poucos e seguindo a tendência de 2023. Sobre consumo, afirmou que ele retomou seu papel no crescimento da economia e que vê sinais de estímulo, por parte dos governais locais na China.
O título do relatório é "Economia nacional testemunhou impulso de recuperação com progresso sólido no desenvolvimento de alta qualidade em 2023" (Folha, 17/4/23)