Industrial Pagé sai da recuperação judicial e projeta crescimento
Depois de deixar a condição de empresa em recuperação judicial em novembro, a Industrial Pagé, fabricante catarinense de equipamentos para secagem, limpeza e armazenagem de grãos, faz planos para crescer em 2018 e sepultar de vez o período de turbulências que enfrentou desde 2012.
A empresa faturou R$ 150 milhões em 2017, mesmo patamar de 2014. Sua presidente, Ângela Pascoali, prefere não criar expectativas, mas prevê avanço de pelo menos 10% neste ano. Cerca de 55% da dívida de R$ 80 milhões da época do pedido de recuperação foi paga, e a ordem é olhar para frente.
É um bom momento para isso, já que o déficit de armazenagem cresceu no país com o aumento da safra de grãos e a demanda pelos equipamentos da Pagé está aquecida. Mas a empresa também vê boas oportunidades no exterior e pretende ampliar as vendas em outros países da América Latina, na África e no Leste Europeu.
As exportações representam aproximadamente 20% do faturamento da Pagé. O objetivo é elevar também em 20% a receita com os embarques este ano, segundo Ângela – a executiva está há um ano na presidência da empresa fundada por seu avô e seu pai.
As perspectivas positivas para os negócios motivaram a companhia a investir em melhorias em sua fábrica, localizada em Araranguá, no sul de Santa Catarina. Segundo Ângela, são aportes sobretudo na otimização de processos.
"Foi muito difícil sair da recuperação judicial. Mas foi um grande aprendizado para a empresa, que reduziu custos, melhorou a gestão e está investindo em seus processos produtivos. Vamos crescer em 2018", disse. Ângela destaca que as inovações e melhorias em gestão e processos foram obtidas com a ajuda do Programa Parceiros pela Excelência da Fundação Dom Cabral. A Pagé tem cerca de 400 funcionários (Assessoria de Comun8cação, 14/2/18)