Lula libera importação de arroz e destina R$ 6,7 bi para a compra do cereal
Supermercados chegaram a racionar a venda de arroz por causa das enchentes no Rio Grande do Sul. Foto Taba Benedicto Estadão
Grão deverá ser vendido exclusivamente aos mercados que se encarregarão de comercializar ao consumidor final; intenção é evitar a especulação de preço, depois do desastre climático do Rio Grande do Sul.
Duas medidas provisórias (MPs) foram editadas ontem (24) destinando R$ 6,7 bilhões para a importação de arroz beneficiado e a compra pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O governo federal editou a Medida Provisória 1224/2024 autorizando a importação como parte do conjunto de ações para enfrentar as consequências do desastre climático no Rio Grande do Sul.
O produto adquirido pela Conab será destinado à venda direta para mercados de vizinhança, supermercados, hipermercados, atacarejos e estabelecimentos comerciais com “ampla rede de pontos de venda nas regiões metropolitanas”. Esses estabelecimentos comerciais deverão vender o arroz exclusivamente para o consumidor final.
O governo também editou a Medida Provisória 1225/2024 que destina os R$ 6,7 bilhões dos orçamentos dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e da Agricultura e Pecuária (Mapa) para a importação do cereal. Segundo nota da Conab, a União destinou R$ 7,2 bilhões para a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz.
Segundo reportagem do Broadcast Agro, entidades do setor arrozeiro gaúcho pediram ao Ministério da Agricultura a revisão das medidas recentes adotadas pelo governo federal em relação ao produto, como a autorização de compra pública de 1 milhão de toneladas de cereal importado e a isenção da tarifa de importação para arroz importado (Estadão, 26/5/24)