13/04/2018

Negociações difíceis em Bruxelas

Negociações difíceis em Bruxelas

Em meio às negociações com a União Europeia em Bruxelas, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, confidenciou ontem a interlocutores que "não estão nada fáceis as coisas por aqui". A comitiva brasileira, que está na sede da UE desde segunda-feira, tenta convencer o bloco a desistir de impor um embargo definitivo a fábricas da BRF e a plantas de carne bovina, pescado e mel.

Uma fonte que acompanha as conversas disse que a situação está "megacomplicada" e que os europeus seguem com desconfianças sanitárias em relação à BRF, maior exportadora de carne de frango e uma das maiores empresas de alimentos do Brasil. Blairo e sua equipe, por sua vez, tentam argumentar que o país tem adotado regras mais duras para controle dos testes de laboratório para detectar a bactéria salmonela em carne de frango. Possíveis fraudes nesses exames motivaram as investigações da Operação Trapaça. As negociações terminam amanhã (Assessoria de Comunicação, 12/4/18)


Brasil espera diminuir impacto de proibição do frango na UE, diz Maggi

O Ministro da Agricultura do Brasil, Blairo Maggi, encerrou três dias de conversas com a União Europeia nesta quinta-feira sem nenhuma garantia de que as importações brasileiras de frango seriam permitidas sem restrições.

A Comissão Europeia votará se deve ou não restringir as exportações de frango brasileiro da BRF SA e outras companhias em 18 de abril, disse Maggi de Bruxelas.

“Temos expectativa de minimizar os impactos negativos para as exportações de carnes de aves do Brasil para o bloco europeu”, disse Maggi em postagem em sua página do Facebook, sem elaborar.

“(Depois da decisão), ela será avaliada e serão tomadas as providências que forem consideradas necessárias ao restabelecimento do fluxo comercial.”, escreveu Maggi.

Em meados de março, o governo brasileiro interrompeu preventivamente a produção e certificação das exportações de carne de frango da BRF a União Europeia.

A BRF é alvo de uma investigação sobre segurança alimentar, na qual ela é acusada de fraude para escapar de verificações de segurança, e a proibição levou a empresa a dar férias remuneradas para centenas de funcionários para adequar a capacidade (Reuters, 12/4/18)