21/01/2025

Novo Centro Internacional de Estudos da USP terá sede em Piracicaba

Novo Centro Internacional de Estudos da USP terá sede em Piracicaba

Esalq contará com uma filial de importante entidade pública científica francesa para desenvolvimento de pesquisas.

 

Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/Esalq), contará com um novo Centro de Estudos. De caráter internacional, o novo núcleo terá uma filial do Institute National de Recherche pou l’agriculture, l’alimenation et et l’environnment (INRAe). O Protocolo de Intenções foi assinado no último dia 9 de janeiro, na França.

 

O INRAe é uma entidade pública científica francesa voltada para pesquisa na área de agronomia, e o propósito da Carta de Intenções foi formalizar o acordo mútuo das partes para trabalhar em conjunto a fim de explorar a criação deste Centro Internacional de Pesquisa em Agricultura, Alimentos e Ciências Ambientais, abordando questões planetárias importantes.

 

Participaram da cerimônia de assinatura do documento o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior; o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Marco Antonio Zago; o vice-presidente internacional do INRAe, Jean-François Soussana; o diretor científico do instituto, Thierry Caquet; a diretora da Esalq, Thais Vieira; e o professor da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA), Flávio Vieira Meirelles.

 

Para o Reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, este novo centro representa uma parceria importante com o INRAe. “O instituto francês é um dos principais financiadores de pesquisas na área de agricultura na França.  Sediado em Piracicaba, [o centro] possibilitará o desenvolvimento de estudos de ponta com a Esalq, que hoje é a principal colaboradora do INRAe no Brasil”.

 

O Reitor da USP declarou ainda que, além da Esalq, o centro envolverá estudos com o Centro de Energia Nuclear em Agricultura (Cena); com a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ); e com a FZEA, além de outras Unidades de Ensino e Pesquisa da USP que fazem pesquisa na área de alimentos, como a Faculdade de Saúde Pública (FSP) e a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF).

 

Professor Fernando Cônsoli, do Departamento de Entomologia e Acarologia da Esalq, ponto focal dessa parceria na instituição, lembrou que a Esalq, em 14 de maio de 2024, já havia assinado uma carta de intenção para que a Escola tivesse um laboratório internacional do INRAe, denominado LEARN  – International Associated Laboratory (LIA): Enhanced Agricultural Resilience through Multi-Organism Interaction Analysis. Dessa primeira iniciativa surgiu o interesse mútuo no desenvolvimento de um centro internacional de pesquisa, com escopo científico mais amplo.

 

“Este novo centro atuará no desenvolvimento de sistemas agrícolas, de alimentos e ambientais resilientes para que possamos atuar em prol da saúde planetária, o que vem a ser um ambicioso ramo da ciência dedicado a entender processos em múltiplos e as suas relações com as mudanças climáticas a fim de colaborar com a geração de um planeta saudável, fatores que contribuem para a existência e o bem-estar das diferentes formas de vida”, enfatizou o professor.

 

Cônsoli ainda destacou a associação de demais áreas do conhecimento. “Com a união de diferentes áreas do conhecimento para o desenvolvimento de sistemas agrícolas e de alimentos, o novo centro possibilitará resultados que envolvam menores riscos ao ambiente e que permitam a produção de alimentos nutritivos e funcionalmente enriquecidos, garantindo a saúde e segurança alimentar com intensa atividade transdisciplinar”, finalizou.

 

A diretora da Esalq, Thaís Vieira, destacou que neste primeiro semestre acontecerão uma série de reuniões on-line e presenciais para ajustar o projeto. “Nesse momento inicial iremos trabalhar com o escopo do projeto, plano de bolsas, linhas de pesquisa a serem desenvolvidas. Apresentaremos, ainda, um cronograma para indicar à Fapesp os recursos financeiros que teremos que investir no centro para iniciarmos as atividades no segundo semestre”, finalizou a dirigente (Assessoria de Comunicação, 20/1/25)