12/04/2023

OMS registra na China primeira morte por gripe aviária H3N8 no mundo

Segundo a OMS, o vírus H3N8 não é transmitido entre humanos e que, portanto, 'o risco de sua propagação em nível nacional, regional e mundial é considerado baixo' - Mariana Nedelcu - 22.fev.23/Reuters

GRIPE AVIARIA - Mariana Nedelcu - 22.fev.23-Reuters

 

Vítima é uma mulher de 56 anos da província de Guangdong que morreu menos de um mês após ficar doente.

Uma mulher morreu na China de gripe aviária H3N8, um vírus que circula desde 2002, mas que até agora não havia causado vítimas humanas. O anúncio foi feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (11).

O vírus H3N8, que apareceu pela primeira vez na América do Norte, era considerado até agora como suscetível de ser transmitido para cavalos, cães e leões-marinhos.

Foi detectado em humanos na China em duas ocasiões, em abril e maio de 2022, porém sem causar mortes.

A vítima, de 56 anos, vivia na província chinesa de Guangdong e ficou doente em 22 de fevereiro. Em 3 de março, foi hospitalizada com pneumonia grave e morreu em 16 de março, segundo a OMS.

Segundo a entidade, a paciente tinha múltiplas condições subjacentes e "antecedentes de exposição a aves de criação vivas antes do aparecimento da doença e antecedentes de presença de aves selvagens ao redor de sua casa".

Nenhum de seus contatos próximos desenvolveu "infecção ou sintomas da doença até o momento de redação deste relatório", acrescentou a agência das Nações Unidas.

A OMS afirmou que a contaminação poderia ter ocorrido por ela frequentar um mercado de aves, mas que "a fonte exata da infecção ainda deve ser determinada, assim como a relação entre esse vírus e outras gripes aviárias do tipo A (H3N8) que circulam no ambiente animal".

 

De acordo com a organização, os dados disponíveis mostram que o vírus não é transmitido entre humanos e que, portanto, "o risco de sua propagação em nível nacional, regional e mundial é considerado baixo".

A OMS insistiu, no entanto, na necessidade de monitorar o vírus devido a suas contínuas mutações (Folha de S.Paulo, 12/4/23)