07/01/2019

Petrobras reduz preço da gasolina ao menor valor desde setembro de 2017

Petrobras reduz preço da gasolina ao menor valor desde setembro de 2017

Nas bombas, combustível caiu menos de preço desde o pico e está 6,6% mais barato.

A Petrobras reduzirá em 2,73% o preço da gasolina em suas refinarias nesta sexta nesta quinta (3), levando o valor ao menor patamar em 15 meses. Segundo a estatal, o litro do combustível será vendido a R$ 1,4675, em média.

Em valores corrigidos pela inflação, a última vez em que o litro da gasolina foi vendido nas refinarias da estatal por menos de R$ 1,50 foi em meados de setembro de 2017. Depois, os preços dispararam, acompanhando a escalada das cotações internacionais do petróleo até atingirem, um ano depois, o recorde de R$ 2,2676 por litro, também corrigidos pela inflação.

Desde então, a queda acumulada no preço é de 35,3%, reflexo do recuo das cotações internacionais e do recuo da taxa de câmbio durante o processo eleitoral.

 

Durante o pico de setembro, a Petrobras anunciou ainda uma mudança em sua política de preços, permitindo que a área técnica segurasse reajustes da gasolina por até 15 dias. Segundo a empresa, as perdas seriam compensadas pelo uso de instrumentos financeiros de proteção conhecidos como hedge.

A política de preços alinhados ao mercado internacional foi implantada em agosto de 2016 e revisada pela primeira vez em julho de 2017, com a liberação de ajustes diários para enfrentar a concorrência com importações de combustíveis.

Passou a ser questionada pelos consumidores e pelo próprio governo Temer a partir do início de 2018, diante da escalada de preços. Em maio, foi usada pelos caminhoneiros como justificativa para a greve que parou o Brasil por duas semanas.

A queda recente acompanha uma redução abrupta na cotação internacional do petróleo a partir de outubro de 2018: logo após o Natal, o petróleo Brent, negociado em Londres, ficou abaixo de US$ 50 por barril pela primeira vez em um ano e meio. Nesta quinta, está sendo negociado em torno de US$ 55 por barril.

CONSUMIDOR

Nas bombas, também houve queda no preço da gasolina após o recorde de setembro, mas em ritmo ainda menor do que a das refinarias: apenas 6,62%, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). 

Os dados da agência indicam que parte do ganho ficou com os postos: a margem de revenda subiu de R$ 0,429 por litro, corrigidos pela inflação, para R$ 0,485 por litro na última semana de dezembro. A parcela referente a impostos estaduais também é maior.

O preço do diesel nas refinarias da Petrobras permanece estável pelo terceiro dia consecutivo após o fim do programa de subvenção federal, que terminou no dia 31 de dezembro. Também para este combustível, a estatal adotou a política de segurar reajustes —mas neste caso, o período máximo é de sete dias (Folha de S.Paulo, 4/1/19)