07/06/2023

Produção de carnes sobe 4,8% no primeiro trimestre

Produção de carnes sobe 4,8% no primeiro trimestre

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Abate de vacas cresce 19% em relação ao período de janeiro a março de 2022.

oferta de carnes aumentou no primeiro trimestre deste ano, o que favoreceu a redução dos preços no mercado interno. A produção nacional, com base no peso das carcaças, atingiu 6,62 milhões de toneladas de janeiro a março, 4,8% a mais do que em igual período do ano passado.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Houve avanço em todos os segmentos, com destaque maior para frango, cuja alta foi de 6,6% no período. O peso das carcaças de bovinos subiu 3%, e o das de suínos, 2,9%.

Um dos destaques do trimestre foi o aumento dos abates de fêmeas. Segundo o IBGE, foram 19% a mais do que de janeiro a março de 2022, no caso das vacas, e de 16% no das novilhas. Já o encaminhamento de bois para o abate recuou 7%, para 3,68 milhões de animais.

Rondônia obteve o melhor desempenho percentual entre os estados, mas Mato Grosso, ao abater 1,2 milhão de animais, mantém a liderança nacional. Os três principais produtores —Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás— foram responsáveis por 37% dos 7,34 milhões de bovinos abatidos nos três primeiros meses deste ano.

Os abates de frangos foram recordes neste primeiro trimestre, e o Paraná foi responsável por 34% do 1,6 bilhão de animais abatidos. Os três estados do Sul, maiores produtores da proteína, representaram 58% do total produzido pelo país,

O Sul domina também a produção de carne suína. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram responsáveis por 48% dessa proteína, sendo que só Santa Catarina ficou com 30%. Os abates de suínos foram recordes.

O setor de leite, ao contrário do de carnes, não vai tão bem. A produção caiu para 5,88 bilhões de litros nos três primeiros meses do ano, segundo o IBGE, com recuo de 1,2% em relação a 2022. Custos elevados de produção, investimentos menores e saída de produtores da atividade vêm provocando uma oferta menor do produto no campo e alta dos preços no varejo.

A maior oferta de carne bovina ocorreu em um período de interrupção das vendas da proteína para a China, o que ajudou ainda mais a uma queda interna nos preços. Neste ano, as pesquisas de acompanhamento do setor, feitas pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), indicam queda acumulada de 4,4% para a carne bovina. A de frango recuou 10,8%, e a suína, 1,7% (Folha, 7/6/23)