29/08/2024

Queimadas foram praticadas por terroristas com digitais do MST e do PCC

Queimadas foram praticadas por terroristas com digitais do MST e do PCC

 

Em entrevista ao TV BrasilAgro (https://www.brasilagro.com.br/conteudo/programa-n-476-queimadas-tem-digitais-do-mst-e-pcc-afirma-paulo-junqueira.html) o líder dos produtores rurais Paulo Junqueira creditou ao Movimento dos Sem Terra – MST e ao Primeiro Comando da Capital – PCC a autoria dos ataques ocorridos a partir da última 6ª feira nos 48 municípios do interior paulista que já provocou prejuízos de mais de R$ 1 bilhão. Também criticou a irresponsabilidade dos pronunciamentos do presidente Lula e da ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, que, inicialmente, tentaram creditar a culpa dos graves incidentes ocorridos e provocados aos produtores paulistas.

 

“Os atos praticados pelos terroristas constituem crime inafiançável e têm o repúdio do agro sério formado por 90% dos 30 milhões de produtores rurais que se sentiram atingidos pelo discurso divisionista e revanchista de Lula & Cia. Não dá para continuar passando pano para o crime organizado. Há uma dissonância entre os que produzem e a narrativa do governo federal enquanto o Brasil está em chamas. Nós estamos trabalhando e reagindo, pois não podemos ficar acomodados com esta situação que só se agrava”, disse Paulo Junqueira.

 

“As ações foram graves, orquestradas, sincronizadas, sem precedentes e denotam ações conjuntas de grupos criminosos. Todos os indícios e evidências apontam para o MST e o PCC grupos que se estruturaram para disputar as eleições municipais deste ano. Não fosse a ação rápida, enérgica e eficaz comandada pelo governador Tarcício de Freitas (Republicanos) e pelos secretários Guilherme Derrite (Segurança Pública) e Guilherme Piai (Agricultura), estaríamos colhendo os resultados de um dos maiores ataques promovidos pelo crime organizado na história do País”, afirma Junqueira.

 

Na entrevista concedida ao jornalista Ronaldo Knack, Paulo Junqueira que é advogado, produtor do agro e presidente do Sindicato e da Associação Rural de Ribeirão Preto e da Assovale – Associação Rural do Vale do Rio Pardo, revela que indícios de queimadas criminosas permearam a visita do ex-presidente Bolsonaro que visitou 11 municípios paulistas nas regiões Noroeste, Nordeste e Norte na semana passada. “O comboio de veículos que acompanhavam o ex-presidente teve que fazer vários desvios para fugir de rotas de pontos de fogo seguindo a orientação da Polícia Rodoviária Estadual”, revelou.

 

Bolsonaro veio ao interior paulista e se engajou ao movimento iniciado por Paulo Junqueira que tem o objetivo de apoiar as candidaturas de políticos comprometidos com as pautas do agro nas eleições municipais de outubro. Na última 6ª feira, ele chegou a se reunir com 29 candidatos alinhados ao movimento reunidos na fazenda de Paulo Junqueira no município de Serrana. “Estamos prontos para enfrentar os 700 candidatos do MST treinados pelos marqueteiros de Lula e Haddad, bem como aos ligados ao crime organizado e confiamos nas polícias de São Paulo e mesmo na Polícia Federal para que os autores dos atos terroristas sejam identificados e severamente punidos”, ressaltou.

Paulo Junqueira também coordena o movimento da chapa de oposição “Nova Faesp”, que busca acabar com o ciclo de 48 anos imposto por Fábio de Salles Meirelles no comando da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo – Faesp/Senar. Ao tentar impor seu filho Tirso como seu sucessor, os oposicionistas conseguiram importantes vitórias no âmbito da Justiça Regional do Trabalho da 2ª Região,conseguindo em 1ª e 2ª instâncias anular a sua eleição e posse – que encontra-se sub judice - e se mantém no cargo graças a manobras jurídicas.

Consequências

Além do prejuízo imediato da devastação de plantações, currais, veículos e máquinas agrícolas, casas, de criações de bovinos, equinos, aves e suínos, bem como de animais de estimação, esta e as próximas safras da cana-de-açúcar estão comprometidas. “Áreas que estavam prontas para o replantio da nova safra, foram perdidas. Perdas incomensuráveis de adubos e insumos para a próxima safra. Tudo terá que ser refeito. Também foram afetadas Áreas de Preservação Legal e Permanentes”, lamentou.

 

‘Mais de 80% da área que o Instituto Agronômico de Campinas – IAC usa para pesquisas ao lado do Parque da Agrishow, foi queimada. Prejuízo incalculável e irreparável. A Bolsa do Açúcar de Nova Iorque abriu na manhã desta 2ª feira em alta de 3%. Vamos ter menos açúcar para abastecer o mercado interno e o externo. O mesmo vai acontecer com o etanol anidro, misturado na proporção de 27,5 % à gasolina e o hidratado comercializado puro nas bombas de combustíveis”, destacou (Da Redação, 29/8/24)

 

 

Sobe para 7 o número de suspeitos presos por incêndios no interior de São Paulo

Prisões ocorreram entre sábado (24) e terça-feira (27) nas regiões de Ribeirão Preto, Barretos, Sorocaba e São José do Rio Preto. Suspeitos podem responder pelo crime de incêndio criminoso.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou nesta quarta-feira (28) uma nova prisão por participação nos incêndios que atingiram o interior de São Paulo nos últimos dias.

O homem, de 32 anos, é suspeito de atear fogo em uma área de mata às margens da Rodovia Archimedes Lammoglia (SP-75), em Salto (SP).Com ele, já são sete pessoas investigadas pelo crime desde sábado (24).

Além do suspeito preso na região de Sorocaba (SP), também há detidos nas regiões de Ribeirão Preto (SP) e São José do Rio Preto (SP), áreas mais devastadas pelo fogo.

Veja abaixo quem são os suspeitos, de acordo com a SSP:

  1. Idoso de 76 anos, preso no sábado, em São José do Rio Preto
  2. Mecânico de 42 anos, preso no domingo, em Batatais
  3. Homem de 27 anos, preso na segunda-feira, em Batatais
  4. Homem de 26 anos, preso na segunda-feira, em Guaraci
  5. Homem de 44 anos, preso na segunda-feira, em São José do Rio Preto
  6. Homem de 49 anos, preso na segunda-feira, em Jales
  7. Homem de 32 anos, preso na terça-feira, em Salto

Nos dois casos que aconteceram em Batatais, os suspeitos foram flagrados no momento em que ateavam fogo em dois terrenos.

Todas as prisões foram feitas após denúncias anônimas.

Como foram as prisões

Sábado (24)

A primeira prisão aconteceu no sábado, quando um idoso de 76 anos foi detido após atear fogo em lixo em uma área de mata no Jardim Maracanã, em Rio Preto.

suspeito foi abordado por policiais após uma denúncia de uma moradora, que conseguiu conter o fogo com o auxílio de um balde de água. Ela também relatou que recebeu xingamentos do idoso.

Domingo (25)

No domingo, o mecânico Alessandro Arantes, de 42 anosfoi flagrado por policiais enquanto ateava fogo em uma mata próxima à região central de Batatais após uma denúncia anônima.

Segundo a polícia, ele já tem passagens por roubo e homicídio. Alessandro teve a prisão temporária convertida em preventiva na segunda-feira. Com ele, foi apreendida uma garrafa com gasolina, um isqueiro e o telefone celular.

Em vídeos encontrados no aparelho, ele comemorava incêndios de grandes proporções na região.

Segunda-feira (26)

Na segunda-feira, outras quatro pessoas suspeitas de envolvimento em incêndios criminosos foram detidas.

Em Batatais, um segundo homem, de 27 anos, foi encontrado por policiais após denúncia anônima de início de fogo em um terreno próximo a uma Área de Preservação Permanente (APP), no Jardim Valenciano.

O suspeito carregava uma mochila onde havia isqueiro, tesoura e caixa de fósforos. Ele foi preso e encaminhado para a Delegacia da cidade.

Em Guaraci, um homem de 26 anos foi preso em flagrante suspeito de atear fogo em um canavial na região rural. Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por vizinhos que viram o suspeito ateando fogo no canavial em pontos diferentes, o que causou o incêndio na área rural.

O suspeito foi localizado e tentou fugir da polícia. Com ele foram encontrados dois isqueiros.

Também na segunda-feira, um homem de 44 anos foi detido por policiais suspeito de atear fogo em um terreno no bairro Higienópolis, em São José do Rio Preto. O crime aconteceu na sexta-feira (23) e o suspeito foi flagrado por uma câmera de segurança.

Segundo investigações da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o homem usa a motocicleta para trabalhar como entregador.

Em depoimento, ele confessou o crime e disse que jogou uma bituca de cigarro na área atingida, sem intenção de atear fogo no local.

Por fim, um homem de 49 anos foi flagrado por um câmera de segurança saindo de uma mata momentos antes do início de uma queimada em Jales.

A Polícia Civil conseguiu identificar o suspeito, que confessou que estava fumando um cigarro no interior da mata e que descartou a bituca ali, iniciando o incêndio. Ele foi multado em R$ 7.350 por infração ambiental. Após prestar depoimento, ele foi liberado. Quase um hectare da vegetação foi queimado.

— Foto: Reprodução / Circuito de Segurança

Terça-feira (27)

O homem de 32 anos preso na terça-feira é suspeito de atear fogo em uma área de mata às margens da Rodovia Archimedes Lammoglia (SP-75), em Salto. Segundo a Guarda Municipal, ele confessou o crime, foi preso e levado para delegacia em Itu (SP).

De acordo com informações da concessionária responsável pelo trecho, o fogo atingiu uma área de, aproximadamente, mil metros.

Incêndios no interior de SP

Cidades do interior de São Paulo enfrentaram uma onda de incêndios que começou na quinta-feira (22). Os momentos mais críticos foram registrados na sexta-feira (23) e no sábado.

Em Ribeirão Preto, uma das regiões mais atingidas, casas precisaram ser evacuadas, rodovias foram bloqueadas, e pessoas ficaram impossibilitadas de chegar ao destino, sujeitas a condições respiratórias extremas de poluição.

Somente neste período, 2.621 focos de incêndio foram registrados por satélites de referência do Bando de Dados de Queimadas (BDQueimadas), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Essas ocorrências levaram a acidentes e interdições nas estradas, devido à baixa visibilidade, além de mortes de pessoas que tentaram combater as chamas em Urupês (SP), ao cancelamento de aulas, operações de voos, atividades ao ar livre e jogos de futebol em Ribeirão Preto.

Durante o domingo, a força-tarefa do estado reduziu de 21 para 6 as cidades que ainda tinham focos ativos, em proporções insuficientes para serem contabilizadas pelo BDQueimadas.

Ainda assim, o alerta foi mantido para quase 50 cidades do estado, com monitoramento não só dos bombeiros, como de equipes do Exército em locais de preservação como a Estação Ecológica de Jataí, em Luís Antônio (SP).

Além disso, o governo paulista confirmou que vai manter, ao longo da semana, o gabinete de crise instalado em Ribeirão Preto para as ações de combate às queimadas (G1, 28/8/24)