31/07/2023

Redução de carbono, etanol e pastagens: O dia de Fávaro em missão no Japão Por Pasquale Augusto

Em conversa com o vice-presidente do Conselho de Administração da Toyota, o ministro Fávaro ressaltou as políticas de incentivo ao etanol (Foto Mapa)

CARLOS FAVARO (Foto Mapa)

Por Pasquale Augusto

Com objetivo de captar investimentos estrangeiros para ampliar projetos de sustentabilidade da agropecuária brasileira, assim como destravar o frango do Brasil após casos de gripe aviária, a comitiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) se reuniu nesta quinta-feira (27) com representantes de empresas de diversos segmentos no Japão para apresentar as possibilidades do agro que contribuem para reduzir a emissão de carbono no planeta, segurança alimentar no mundo e energia renovável.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com o vice-presidente do Conselho de Administração da Toyota, Shigeru Hayakawa.

Durante a conversa, o ministro lembrou do lançamento do carro flex no Brasil durante o governo Lula, que deram sequência em políticas de estímulo ao uso do combustível nos seus mandatos.

“Temos história e tecnologia. Temos um enorme potencial para a produção de etanol, seja a partir da cana-de-açúcar ou do milho, com a agropecuária brasileira trabalhando em prol de uma energia mais limpa e renovável, sem queima de carvão. O Brasil vai fortalecer e avançar na rota do etanol como combustível veicular”, destacou o ministro.

Hayakawa ressaltou a importância do etanol para a estratégia de carbono neutro da empresa que busca cooperar na redução das emissões de gás carbônico (CO2) e, para isso, conta com o apoio do Brasil.

Assim, a parceria entre os países deve celebrar a cooperação para o desenvolvimento e uso das tecnologias de combustíveis sustentáveis em ambos.

Novos mercados e recuperação de pastagens

Diretor-presidente e CEO da Sumitomo – companhia presente em 66 países e regiões -, Masayuki Hyodo destacou a importância das relações com o Brasil para as ações estratégicas da empresa, que tem histórico de atuação com a Agroamazônia.

No encontro com Fávaro, o Mapa informou que tratou da abertura de novos mercados entre Brasil e Japão , onde também foi apresentada a possibilidade da companhia investir na recuperação de pastagens de baixa produtividade no Brasil, permitindo a melhoria do solo e ganho de produtividade na produção de alimentos, com sequestro de carbono.

A rodada também incluiu a reunião entre o ministro e o presidente do Conselho de Administração da Mitsui & Co, Tatsuo Yasunaga, ocasião em que também foram discutidas as possibilidades de diversificação do comércio entre os países, com abertura de mercados, e a importância do investimento em ações de sustentabilidade no Brasil que visam a redução da emissão de carbono no planeta.

Proteína animal

Ainda neste primeiro dia da missão do Mapa no Japão, o ministro Carlos Fávaro participou do seminário Oportunidades e Parcerias para a Indústria de Proteína Animal.

O evento contou com a participação de cerca de 200 autoridades e empresários japoneses e brasileiros.

O Mapa informou que durante o encontro foram apresentadas as tecnologias desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para o avanço sustentável do agro, bem como a qualidade do sistema de defesa sanitário brasileiro, que vem se tornando internacionalmente reconhecido.

Dessa forma, Fávaro ressaltou a importância da parceria entre Brasil e Japão na cooperação técnica e comercial, que permitam cada vez mais o uso de tecnologias e da ciência aplicada no campo para uma agropecuária mais precisa, produtiva e sustentável.

Agenda

Nesta sexta-feira (28), Fávaro participa de reunião com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), considerada uma das principais parceiras da Embrapa no avanço da agricultura tropical que permitiu a expansão da produção de grãos para a região do Cerrado.

Em seguida, Fávaro se reúne com os ministros Agricultura, Florestas e Pesca, Saúde, Trabalho e Bem Estar

Assim, a comitiva do Mapa deixa o Japão à noite e segue para a Arábia Saudita (Money Times, 28/7/23)