11/11/2020

Safra de grãos é estimada em 253,2 milhões de toneladas para 2021

Safra de grãos é estimada em 253,2 milhões de toneladas para 2021

A produção nacional de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas para 2021 deve atingir 253,2 milhões de toneladas, uma alta de 0,5% em relação a 2020, o que equivalente a 1,248 milhão de toneladas. É o que prevê a primeira estimativa da produção nacional, divulgada hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o instituto, a previsão de aumento ocorre principalmente na produção da soja, com crescimento de 4,6% ou 5,6 milhões de toneladas, e do milho primeira safra, que deve subir 1,7% ou 445 mil toneladas.

Por outro lado, deve ocorrer declínios da produção do milho segunda safra (-5,4% ou 4 milhões de toneladas), do arroz (-2,4% ou 260, 5 mil toneladas), do algodão herbáceo (-11,9% ou 837,9 mil toneladas), do feijão primeira safra (-2,2% ou 28,5 mil toneladas), do feijão segunda safra (-4,5% ou 45,4 mil toneladas) e do feijão terceira safra (-6,5% ou 38,6 mil toneladas).

Sobre a área plantada prevista, o IBGE indica que cresceram a soja em grão (1,2%), o milho em grão primeira safra (1,7%) e o milho em grão segunda safra (1,0%).

Devem ocorrer variações negativas nas áreas do algodão herbáceo em caroço (-8,6%), do arroz em casca (-1,1%), do feijão primeira safra (-0,3%), do feijão segunda safra (-3,1%) e do feijão terceira safra (-4,9%).

Legenda: A soja terá produção de 121,5 milhões de toneladas (Imagem: YouTube/BrasilAgro)

A estimativa de outubro para a safra de 2020 alcançou 252 milhões de toneladas, o que é 4,4% superior à de 2019, quando foram produzidas 241,5 milhões de toneladas.

A soja terá produção de 121,5 milhões de toneladas, o milho de 100,9 milhões de toneladas, sendo 26,6 milhões de toneladas na primeira safra e 74,2 milhões de toneladas na segunda. O arroz teve uma produção de 11,1 milhões de toneladas e, o algodão, de 7,1 milhões de toneladas.

A área a ser colhida em 2020 ficou em 65,3 milhões de hectares, aumento de 2,1 milhões de hectares frente a 2019, ou 3,3%. Os principais produtos são o arroz, o milho e a soja, que somam 92,6% da estimativa da produção e 87,1% da área a ser colhida.

Na comparação com 2019, houve acréscimos este ano de 3,5% na área do milho, sendo 2,8% na primeira safra e de 3,8% na segunda; a área da soja cresceu 3,5% e a de algodão herbáceo aumentou 0,1%, enquanto o arroz apresentou queda de 1,1%. Na produção, houve altas de 7,1% para a soja, de 7,8% para o arroz, de 2,5% no algodão herbáceo e de 0,3% para o milho, sendo aumento de 2,5% na primeira safra e queda de 0,5% na segunda.

Na comparação com setembro de 2020, houve aumentos nas estimativas da produção do milho primeria safra (0,5%), do milho segunda safra (0,4%), do feijão primeira safra (0,2%) e da soja (0,1%).

O IBGE registrou queda na comparação mensal na produção do algodão herbáceo (-0,2%), do feijão terceira safra (-0,6%), do feijão segunda safra (-1,6%), da uva (-3,2%, da cevada (-5,8%), do trigo (-6,3%) e da aveia (-9,5%).

Entre os estados, Mato Grosso é o maior produtor nacional de grãos, com 28,9% do total, seguido pelo Paraná (16,0%), Rio Grande do Sul (10,5%), Goiás (10,3%), Mato Grosso do Sul (8,0%) e Minas Gerais (6,3%).

Por região, o Centro-Oeste concentra 47,5% da produção (119,8 milhões de toneladas), o Sul 29,1% (73,3 milhões de toneladas), o Sudeste 10,1% (25,6 milhões de toneladas), o Nordeste 8,9% ( 22,4 milhões de toneladas) e o Norte tem 4,4% (11 milhões de toneladas) (Agência Brasil, 10/11/20)


Conab eleva projeção para safra de soja do Brasil 2020/21, reduz para milho

Legenda: No caso da soja, a revisão para cima deve-se ao crescimento de 3,5% na área, apontou a Conab (Imagem: Reuters/Jorge Adorno)

A safra de soja 2020/21 do Brasil deve ter recorde de 134,95 milhões de toneladas, projetou nesta terça-feira a estatal Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) em seu segundo levantamento para a temporada, no qual elevou estimativas anteriores para a oleaginosa.

No caso do milho, as perspectivas para a safra total foram reduzidas para 104,89 milhões de toneladas, de 105,16 milhões estimados em outubro, devido a um corte no volume esperado para a primeira safra, vista em 26,48 milhões de toneladas, frente a 26,76 milhões de toneladas antes.

No caso da soja, a revisão para cima deve-se ao crescimento de 3,5% na área, apontou a Conab, que projetou exportações próximas a 82,7 milhões de toneladas da oleaginosa em 2019/20 e mais de 85 milhões de toneladas em 2020/21, em meio a uma “forte demanda chinesa”. 

 

A safra 2020/21 do algodão em pluma foi prevista para 2,7 milhões de toneladas, abaixo das 2,8 milhões de toneladas do mês passado, enquanto a produção de trigo em 2021 foi projetada em 6,35 milhões de toneladas, de 6,83 milhões de toneladas anteriormente (Reuters, 10/11/20)


USDA mantém safra e exportações de soja do Brasil em 20/21

Legenda: Segundo o governo norte-americano, a colheita de soja do Brasil atingirá 133 milhões de toneladas na temporada (Imagem: REUTERS/Gustavo Bonato)

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) manteve nesta terça-feira suas estimativas para safra e exportações de soja do Brasil em 2020/21, conforme relatório de oferta e demanda global publicado mensalmente pelo órgão, que também reduziu estoques dos EUA, elevando preços da oleaginosa para máximas de contrato na bolsa de Chicago.

Segundo o governo norte-americano, a colheita de soja do Brasil atingirá 133 milhões de toneladas na temporada, mesmo volume projetado no relatório de outubro, ante produção de 126 milhões de toneladas na safra anterior.

Já os embarques de soja do Brasil, maior produtor e exportador global da commodity, deverão alcançar 85 milhões de toneladas, cifra também inalterada em relação ao mês passado, contra estimativa de 92,24 milhões de toneladas em 2019/20. 

 

China, principal importadora da oleaginosa no mundo e maior cliente do Brasil, deve adquirir 100 milhões de toneladas de soja nesta temporada, acrescentou o USDA, também mantendo estável a projeção de outubro.

Em relação ao milho, o governo dos EUA estimou a safra 2020/21 do Brasil em 110 milhões de toneladas, mesmo nível visto em outubro. A projeção para as exportações do cereal também foi mantida em igual patamar, de 39 milhões de toneladas.

EUA

De outro lado, o USDA afirmou que os estoques de soja e milho dos EUA serão os menores em sete anos, devido a expectativas reduzidas para a colheita norte-americana.

Os contratos futuros da soja na bolsa de Chicago atingiram o maior nível desde 5 de julho de 2016 após a divulgação do relatório, enquanto os futuros do milho avançaram para o mais alto nível desde 9 de agosto de 2019.

O USDA estimou os estoques finais de milho dos EUA em 2020/21 em 1,702 bilhão de bushels, e os de soja em 190 milhões de bushels. A safra do cereal foi projetada em 14,507 bilhões de bushels, e a da oleaginosa em 4,170 bilhões de bushels.

O aumento da demanda por exportações para a China e Coreia do Sul também pressionaram as planilhas de balanço do milho.

O USDA aumentou sua estimativa para os embarques do cereal dos EUA em 325 milhões de bushels, para 2,650 bilhões de bushels.

Legenda: De outro lado, o USDA afirmou que os estoques de soja e milho dos EUA serão os menores em sete anos, devido a expectativas reduzidas para a colheita norte-americana (Imagem: REUTERS/Enrique Marcarian)

O departamento também elevou a projeção para as importações de milho pela China em 2020/21 para 13 milhões de toneladas, ante 7 milhões de toneladas na estimativa anterior.

O adido do USDA em Pequim havia dito neste mês que esperava importações de 22 milhões de toneladas do cereal pelo país asiático.

De acordo com a média de estimativas compiladas em pesquisa da Reuters, analistas esperavam os estoques de milho em 2,033 bilhões de bushels e uma colheita de 14,659 bilhões de bushels. O mercado ainda via os estoques de soja em 235 milhões de bushels, com uma safra de 4,251 bilhões de bushels (Reuters, 10/11/20)