17/11/2023

StoneX corta previsão de safra de trigo e eleva necessidade de importação

StoneX corta previsão de safra de trigo e eleva necessidade de importação

CAMPO DE TRIGO-Foto Fecoagro-Divulgação-JC

No momento, a principal fase reprodutiva do trigo é a floração, que alcança 49% dos cultivos. 

 As chuvas intensas no Sul prejudicaram a safra, que deve atingir 9,28 milhões de toneladas, 16,7% a menos que na temporada anterior.

 A safra de trigo do Brasil em 2023/24, que está sendo colhida, deve alcançar 9,28 milhões de toneladas, corte de 1,25 milhão de toneladas na comparação com a projeção de outubro devido a chuvas intensas no Sul, apontou nesta quinta-feira a StoneX, aumentando também a expectativa de importações pelo país.

  “As chuvas contínuas no Rio Grande do Sul irão prejudicar a qualidade de grande parte do que será colhi

 do; situação que se repete na região oeste catarinense, que deve ter uma colheita tardia em relação aos seus vizinhos”, disse o consultor em gerenciamento de riscos do grupo, Jonathan Pinheiro, em nota.

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“No Paraná, a situação também é delicada. A região centro-sul do Estado, Campos Gerais, teve chuvas com volumes elevados a partir do momento de início da colheita, além de alagamentos que colaboraram para a redução do potencial de produção desta área”, acrescentou.

 Com isso, a StoneX projeta uma redução de 16,7% na safra do Brasil em relação à temporada anterior, quando o país colheu um volume recorde de mais de 11 milhões de toneladas, segundo dados da consultoria.

 A menor produção levará o país a aumentar suas importações.

 Agora a StoneX projeta importações de 6,15 milhões de toneladas de trigo, versus 4,89 milhões na projeção anterior e 4,5 milhões na temporada passada.

 Em relação às exportações de trigo, o grupo manteve sua estimativa em 1,86 milhões de toneladas, contra 2,66 milhões na temporada passada.

 “O mercado busca escoar grande parte deste trigo de qualidade inferior, destinado a ração, para o mercado internacional, que possui preços competitivos e demanda no exterior. Ainda assim, há preocupações quanto à logística e a disponibilidade de janela portuária, considerando os volumes recordes de exportação de soja por Rio Grande e de milho pelo Paraná”, disse Pinheiro (Reuters, 16/11/23)