Suínos: Preço do animal vivo reage na 2ª quinzena de novembro
SUINOS (Imagem REUTERS Tom Polansek)
Os preços do suíno vivo reagem nesta segunda quinzena de novembro, após o movimento de baixa no começo do mês. “O ligeiro aquecimento na demanda sustentou os valores e garantiu que a média da parcial deste mês (até ontem, 22) supere a registrada em outubro”, mostra relatório do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). Segundo o Cepea, a conjuntura permitiu que o poder de compra do suinocultor paulista avançasse frente ao milho, mas diminuísse em relação ao farelo de soja.
Na parcial deste mês, o Centro apurou que o suíno vivo é negociado à média de R$ 7,21/kg na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), leve alta de 0,4% em comparação com outubro e 3% acima da de novembro de 2021, em termos nominais. No Oeste Catarinense, o animal é comercializado a R$ 6,80/kg, em média, avanços de 0,8% frente ao mês anterior e de 5% na comparação com novembro de 2021.
Já em relação ao mercado de milho, segundo a Equipe Grãos/Cepea, apesar do ritmo elevado das exportações, os estoques no mercado interno estão em níveis confortáveis, o que acaba limitando fortes valorizações do cereal ou impedindo reações. Quanto ao farelo de soja, a comercialização do derivado da oleaginosa está aquecida no mercado brasileiro, resultado da boa demanda - sobretudo externa - e da maior necessidade de venda por parte do sojicultor.
De acordo com o Cepea, considerando-se o suíno negociado na região SP-5 e os insumos comercializados no mercado de lotes da região de Campinas, o suinocultor paulista pode comprar 5,11 quilos de milho com a venda de 1 quilo de animal nesta parcial de novembro, quantidade 0,3% maior que a de outubro e 2,3% acima da de novembro/21. Em contrapartida, de farelo de soja, o suinocultor consegue adquirir 2,59 quilos, 1,1% a menos que em outubro e 13,4% menos que o possível de se comprar há um ano (Broadcast, 24/11/22)