Suínos: Preço médio pago ao produtor tem a maior média real para outubro
GRANJA SUINOS REUTERSRodolfo Buhrer
Mesmo com recuo na segunda quinzena de outubro, os preços de comercialização de suínos no mercado independente e da carne no atacado tiveram a maior média do mês em termos reais. O valor não era atingido desde abril deste ano, conforme relatório do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
No mês passado, o suíno vivo foi negociado pela média de R$ 7,23/kg na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), com alta de 3,5% frente à de setembro e a maior desde abril R$ 7,56/kg), em termos reais. Ainda que os preços tenham ficado elevados na maior parte de outubro, a média do mês ficou 30,8% abaixo na comparação com o mesmo mês em 2020, em termos reais.
Para o oeste catarinense, de setembro para outubro, a valorização do suíno vivo foi de 2,6%, com a média a R$ 6,71/kg no último mês, segundo o Cepea. Mas, em relação ao mesmo período no ano passado, o Cepea verificou uma queda de 35,1% no preço do suíno, em termos reais.
"No início de outubro, os valores foram sustentados pela demanda aquecida, que esteve acima da oferta de novos lotes para abate. Já na segunda quinzena do mês, os preços passaram a cair - com certa força em algumas regiões -, pressionados pela retração de frigoríficos, que limitaram as compras de novos lotes, devido ao enfraquecimento das vendas de carne no atacado", disse o Cepea.
Segundo o relatório, quando analisados os cortes comercializados no atacado do Estado de São Paulo, nem todos os produtos tiveram valorizações intensas no início de outubro, o que resultou na queda no preço médio mensal. A costela foi negociada à média de R$ 15,71/kg em outubro, uma queda de 1,3% em relação a setembro e 14,2% abaixo de outubro do ano passado, em termos reais. Para o lombo, houve avanço mensal de 1,5% no preço médio, mas queda anual de 9,5%, indo para R$ 15,70/kg em outubro, de acordo com o Cepea.
Quanto aos insumos, um levantamento da equipe de grãos do Cepea apontou a desvalorização do milho e do farelo de soja. O Indicador Esalq/BM&FBovespa do milho em Campinas (SP) fechou a R$ 86,97/saca de 60 kg na segunda-feira, 1º, recuo de 2,5% em sete dias. Para o farelo de soja negociado no mercado de lotes de Campinas, a queda foi de 1,1% no mesmo período, a R$ 2.360/tonelada no dia 1º (Broadcast, 4/11/21)