18/09/2018

Surto de febre suína na China favorece criadores de frango

Surto de febre suína na China favorece criadores de frango

Com carne de porco em falta, procura por frango aumentou, levando preços da carne às máximas em 2,5 anos.

 

Um surto de febre suína africana na China está gerando uma vantagem inesperada para os produtores de carne de frango, ao levar os preços da segunda carne mais popular no país para as máximas em dois anos e meio.

Com a carne suína em falta, na medida em que as autoridades tentam conter a doença altamente contagiosa, os consumidores se voltam para o frango como um substituo, com alguns clientes também preocupados sobre a segurança.

A mudança é um impulso para os criadores do maior produtor de carne de frango no mundo, depois do crescimento tépido da demanda nos últimos anos após uma série de questões sobre segurança alimentar e gripe aviária.

Os preços do frango na região de Shandong, maior produtor da China, atingiram os 9,7 iuans (1,41 dólar) por quilo mais cedo neste mês, sua máxima desde março de 2016.

"Os recentes surtos de gripe suína africana alavancaram os preços de compra do frango em lanchonetes e restaurantes. Mais pessoas podem escolher frango agora, especialmente nas regiões infectadas com casos de gripe suína africana", disse Li Jinghui, diretor na China Poultry Association.

Novos casos

A febre suína não tem cura e é muitas vezes fatal para os porcos. Depois de mais de uma dúzia de surtos desde que o primeiro caso no país foi reportado no começo de agosto, Pequim abateu cerca de 40 mil porcos e proibiu o transporte de animais vivos de e pelas áreas infectadas.

Nesta segunda (17), um novo surto da doença foi registrado em uma fazenda na região da Mongólia Interior, informou o Ministério da Agricultura chinês. Oito porcos morreram e 14 foram infectados na propriedade, que tem 159 animais.

O surto é o 16º da China desde o início de agosto, e acontece apesar de uma série de novas e duras regras anunciadas por Pequim na semana passada para combater a disseminação da doença (Reuters, 17/9/18)