Vem mais pressão na carne suína
Legenda: Criação de porcos em fazenda na Alemanha - Fabrizio Bensch/Reuters
Peste suína africana na Alemanha, maior produtora da Europa, deve afetar o mercado mundial.
A chegada da peste suína africana na Alemanha, maior produtora europeia com 5,3 milhões de toneladas ao ano, pode esquentar ainda mais os preços da arroba de suíno no Brasil.
Ao atravessar a fronteira da Polônia e chegar ao solo alemão, a doença levou não só preocupações à suinocultura do país, mas também entraves às exportações.
A China, grande importadora dessa proteína da Alemanha, deve buscar a carne em outros países. São poucos os fornecedores, e o Brasil é um deles.
A carne suína é essencial para os chineses. Antes da ocorrência da peste suína africana, o país produzia 55 milhões de toneladas. O avanço da doença e a necessidade de abate de boa parte do rebanho fizeram a produção recuar para 38 milhões de toneladas.
A menor oferta dessa proteína na China obrigou o país a elevar as importações, pressionando os preços mundiais. O Brasil não ficou fora dessa escalada (Folha de S.Paulo, 11/9/20)